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Cotidiano

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PM acusado de matar jovem é libertado

Soldado tem emprego e endereço, diz advogado; morte de estudante motivou protestos

DO "AGORA"

O soldado da Polícia Militar acusado da morte de um estudante de 17 anos na zona norte de São Paulo foi solto às 19h20 de anteontem por ordem da Justiça Militar.

Luciano Pinheiro Bispo, 31, matou com um disparo que afirma ter sido acidental o estudante Douglas Martins Rodrigues, 17.

O soldado havia sido preso em flagrante sob acusação de homicídio culposo (não intencional).

O caso ocorreu no dia 27, no Jardim Brasil (zona norte), durante abordagem de policiais atendiam a uma reclamação de barulho.

Revoltados com a morte do garoto, moradores realizaram protestos durante dois dias.

A polícia investiga a suposta participação de integrantes da facção criminosa PCC na organização das manifestações, revelou a Folha no dia 30.

Os atos se espalharam por vários bairros e incluíram caminhões e ônibus incendiados, lojas saqueadas, motoristas roubados, manifestantes armados, um pedestre baleado e a interdição por quatro horas da rodovia Fernão Dias, principal ligação de São Paulo a Minas Gerais.

EMPREGO E ENDEREÇO

Fernando Capano, advogado do soldado, afirmou que a Justiça Militar concedeu a liberdade provisória ao policial militar.

"Mostrei que meu cliente tem emprego e endereço fixos e que sua ficha na Polícia Militar é limpa. Ele foi laureado por ter evitado um estupro", afirmou.

O defensor disse ainda que a morte do adolescente foi uma fatalidade. "Meu cliente faria uma abordagem. Mas a porta do carro da PM bateu na mão dele e a arma disparou acidentalmente. Foi mesmo uma fatalidade."

Segundo Capano, o soldado se apresentou ontem à Polícia Militar e começou a trabalhar internamente.

O advogado disse que vai pedir perícia na pistola.40 usada por Bispo na abordagem para saber se a arma apresenta defeito. A PM recolheu um lote do mesmo tipo com problemas, disse ele.

José Rodrigues, pai do adolescente morto, chorou ontem ao saber que o policial militar havia sido solto.


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