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Polícia pede prisão de mãe e padrasto de garoto que sumiu
Joaquim Ponte Marques, 3, desapareceu na madrugada de terça em Ribeirão
Menino é diabético e precisa tomar insulina periodicamente; caso ganhou atenção de artistas pela internet
A Polícia Civil de Ribeirão Preto pediu ontem a prisão temporária da mãe e do padrasto de Joaquim Ponte Marques, 3, desaparecido desde a madrugada da terça-feira.
Segundo o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, o pedido foi feito para "auxiliar nas investigações" e porque há contradições nos depoimentos da psicóloga Natália Mingoni Ponte, 29, e do técnico em informática Guilherme Raimo Longo, 28. A Justiça não tinha analisado o pedido até a conclusão desta edição.
O garoto, que tem diabetes e precisa tomar insulina periodicamente, sumiu da residência do casal, no Jardim Independência, na zona norte.
O caso virou comoção nas redes sociais. Celebridades como Ivete Sangalo e a atriz Carolina Dieckman fizeram apelos. "Vamos rezar por esse anjinho", escreveu a apresentadora Angélica no Instagram.
Desde terça, polícia e bombeiros fazem buscas. Uma suspeita é que o garoto tenha se afogado no córrego próximo à casa, já que a porta pode ter ficado aberta à noite.
O delegado diz que investiga ainda a hipótese de sequestro, mas não deu detalhes.
ÚLTIMO TRAJETO
À tarde, trabalho do cão farejador ofereceu indícios de que o menino e o padrasto caminharam juntos até o córrego. O animal fez o trajeto após ter contato com as roupas de Joaquim, Longo e Natália. Segundo a Polícia Militar, a mãe não fez o percurso.
Na madrugada do desaparecimento, Longo disse à PM que saiu de casa por volta das 3h para comprar drogas.
Ele a mãe do menino se conheceram numa clínica de recuperação, em Ipuã (SP), onde Longo se tratou e Natália trabalhava. Segundo o proprietário Rony Marcos Sousa Leme, na ocasião, Longo já tinha tido alta e era estagiário. "Eles pediram demissão para se casar [há cerca de um ano]."
O casal, que mora há cinco meses no Jardim Independência, têm um filho de três meses.
O pai do garoto, o promotor de eventos Arthur Paes, disse à Folha ter ficado surpreso com o pedido de prisão e que o relacionamento do casal com a criança era "bom".
Natália e Longo passaram o dia na delegacia depondo e foram liberados. Nem o casal nem o advogado da mãe do menino quiseram falar sobre o caso.