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Cotidiano

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Cláudia Marina Lévay (1962-2013)

Roteirista da série de filmes 'Tainá'

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Quando criança, Cláudia Lévay era uma garota tímida que gostava de desenhar. Ela cresceu, deixou a vergonha de lado, mas não o lápis, o papel e as milhares de ideias.

Formada em direito, nunca exerceu a profissão. Resolveu correr atrás de seu sonho e trabalhar em algo que o pai, desembargador, não entendia bem o que era.

Começou fazendo charges e tirinhas para jornais. No entanto, como se considerava uma "escritora que também desenhava", preferia as histórias em quadrinhos.

Após ser contratada pela TV Globo, passou a fazer roteiros para programas infantis e humorísticos. Mais tarde, dedicou-se ao cinema. Foi roteirista de "Qualquer Gato Vira-Lata" e da série de filmes "Tainá" ("Uma Aventura na Amazônia", "A Aventura Continua" e "A Origem").

Por "Tainá", recebeu diversos prêmios nos Estados Unidos. Também expôs na Itália parte de seus desenhos.

Era casada havia cerca de três décadas com o escritor Álvaro de Moya, considerado um dos maiores especialistas brasileiros em histórias em quadrinhos.

Uma das coisas mais engraçadas do relacionamento, conta o marido, era que os dois normalmente pensavam igual ao ver algo estranho. "Isso me lembrou tal coisa, falava ela. E eu: Pensei a mesma coisa'", diz Álvaro.

De um senso de humor muito sutil, dedicava-se intensamente ao trabalho. Estava sempre cheia de ideias para roteiros, livros, desenhos.

Em dezembro passado, descobriu um câncer de mama. Morreu anteontem, aos 51 anos. Deixa o marido, os quatro irmãos e sobrinhos.


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