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Furtada na Oscar Freire, Mônica é achada em matagal de Guarulhos
Polícia não tem pistas de quem carregou a estátua em homenagem à personagem
Quase uma semana após sumir da rua Oscar Freire, a mais chique da cidade, Mônica foi encontrada às margens de um córrego, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
A estátua da baixinha dentuça estava jogada em um matagal, a mais de 20 km da Oscar Freire, com a mão quebrada e escoriações pelo corpo, feito em fibra de vidro.
O coelho Sansão, seu parceiro inseparável, tinha uma rachadura na orelha.
A estátua, que havia sido furtada, é uma das 50 espalhadas pela capital que fazem parte da "Mônica Parade"-- exposição em homenagem aos 50 anos da personagem criada pelo cartunista Mauricio de Sousa.
A Polícia Militar encontrou a obra, do artista plástico Lobo, após denúncia por telefone. Uma equipe da perícia foi chamada ao local e, após ser examinada, Mônica foi para a delegacia, em uma van da PM.
"Como o lugar não tem casa, não tem nada perto, acho difícil identificar quem deixou aqui", disse o policial militar Emilio Barbieri Ramirez.
Na delegacia, a obra "foi reconhecida" pela empresária Mônica de Sousa, filha do cartunista e inspiradora da amiga do Cebolinha.
"Quando a vi na delegacia, dei um abraço nela e quase chorei. Foi emocionante", afirmou Mônica.
A empresária disse que, quando soube do furto, ficou muito triste. "Senti que perdi um pedaço de mim."
Mônica, a estátua, será restaurada e depois voltará às ruas de São Paulo, mas seu destino ainda não foi definido. A "Mônica Parade" vai até 8 de dezembro na capital.
Depois, as obras seguem para Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Outras serão leiloadas e a renda revertida para a Unicef.