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Ponte atingida por fogo continuará fechada

Após incêndios desde sábado, prefeitura diz que precisa avaliar danos antes de liberar o tráfego na Orestes Quércia

Barracos em terreno sob a estrutura na marginal Tietê foram queimados ontem pelo terceiro dia consecutivo

FELIPE SOUZA DE SÃO PAULO

Após vistoria ontem, a Prefeitura de São Paulo informou que a ponte Orestes Quércia, chamada de Estaiadinha, na zona norte, continuará interditada por tempo indeterminado porque "sofreu avarias".

A via, que liga a avenida do Estado à marginal Tietê, foi interditada no sábado depois que um incêndio atingiu a sua estrutura durante reintegração de posse do terreno que era ocupado por uma favela.

Ontem, a comunidade sob a ponte pegou fogo pelo terceiro dia seguido --no domingo, barracos também se incendiaram. Não houve vítimas.

Segundo a Secretaria de Infraestrutura, a ponte só será liberada depois que novas avaliações constatarem condições seguras para o tráfego. Os técnicos analisarão os cabos de aço e a estrutura.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) não soube informar quantos veículos passam pela via diariamente.

A favela, também chamada de Estaiadinha, foi instalada há cinco meses em uma área de cerca de 4.000 metros quadrados. O terreno pertence à prefeitura, que entrou com pedido de reintegração há dois meses, aceito pela Justiça. No sábado, as cerca de 200 famílias foram retiradas de forma pacífica pela Polícia Militar.

Desde então, ao menos 300 pessoas em 78 barracas acampam na avenida do Estado, em frente à sede do Detran. Dizem que ficarão ali até que a prefeitura pague auxílio-aluguel ou ofereça um local para que eles construam casas.

Em uma barraca de 12 metros quadrados, Lucimar Oliveira Santana divide colchões com a mãe, a irmã e oito crianças --seis são filhos dela.

"As crianças estão sem leite, minha mãe sem os remédios controlados dela e estamos sem nossas coisas queimadas no incêndio. Estávamos pagando o fogão e nossa geladeira era nova. Temos a lista de todos os itens que a prefeitura separou e lacrou para levá-los para um galpão, mas foram queimados", disse.

CADASTRO

Em nota, a prefeitura afirmou que todas as famílias foram cadastradas. Também foi feito um acordo para que os moradores recebam um auxílio habitacional, informou.

O município disse ainda que "deu toda a assistência emergencial necessária às famílias, como encaminhamento para abrigos e transporte".

A justificativa para retirar os moradores foi a de que a área onde eles estavam "é de alto risco por estar próxima a avenida e ser baixo de viaduto".


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