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Subprefeito interino de Pinheiros é exonerado
Servidor é suspeito de integrar fraude do ISS
O subprefeito interino de Pinheiros, Antonino Grasso, foi exonerado pela gestão Fernando Haddad (PT). Ele é mais um integrante do serviço público afastado por suspeita de envolvimento com a chamada máfia do ISS.
A ação, fruto de um pedido da Controladoria Geral do Município, estará publicada no "Diário Oficial" de hoje, segundo a prefeitura.
Grasso, que era chefe de gabinete da subprefeitura e ocupava o cargo de subprefeito porque o titular, Angelo Salvador Filardo Junior, entrou em férias, não é servidor municipal de carreira.
Na gestão Gilberto Kassab (PSD), foi secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.
De acordo com o promotor Roberto Bodini, que investiga o caso, uma testemunha cujo nome é mantido em sigilo disse que Grasso requisitou um favor ao auditor fiscal Ronilson Bezerra Rodrigues, suspeito de ser um dos chefes do esquema de fraude ao ISS e outros impostos municipais.
O pedido envolvia o interesse de empresas do setor imobiliário e valores de IPTU, disse a Promotoria.
Grasso queria que Ronilson "acertasse uma situação", como revelou o jornal "O Estado de S. Paulo".
A Folha não conseguiu contatá-lo até a conclusão desta edição.
RELATÓRIO
Até agora, de acordo com relatório divulgado ontem pela prefeitura, existem 13 servidores municipais citados ou sob investigação no caso da fraude do ISS.
O esquema, que começou a ser desvendado pela Controladoria em março, visava cortar pela metade os valores de ISS pagos pelas empresas, principalmente do setor imobiliário, em troca de propina.
Oito servidores foram exonerados e outros dois estão sob investigação.
Mais três estão suspensos de seus cargos por um período de 120 dias.
Para que ocorra a demissão de qualquer um dos envolvidos é preciso que termine o processo administrativo disciplinar a que os funcionários de carreira respondem.