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Máfia do ISS

Haddad critica 'vaidade' policial e diz que há delegado citado em esquema

Acusada de omitir dados, gestão petista levanta suspeita e afirma que Controladoria é 'mocinha'

Corregedoria da Polícia Civil enviou pedido formal à prefeitura para saber sobre ligação de policial com fiscais

DE SÃO PAULO

O prefeito Fernando Haddad (PT) criticou ontem a cobrança de informações da polícia de São Paulo sobre a máfia do ISS e revelou haver um delegado investigado por envolvimento no esquema.

A afirmação do petista foi feita após José Eduardo Jorge, titular da 2ª Delegacia de Crimes Contra a Administração, dizer à Folha que a prefeitura está omitindo informações pedidas há seis meses sobre servidores suspeitos de enriquecimento ilícito.

A gestão Haddad afirma que os pedidos foram genéricos e que há colaboração de órgãos policiais no caso.

Após a prisão de quatro auditores no último dia 30 acusados de integrar uma quadrilha que dava desconto no ISS em troca de propina, a polícia decidiu abrir 12 inquéritos paralelos ao trabalho da prefeitura e da Promotoria.

Haddad disse que o trabalho da Controladoria-Geral do Município e do Ministério Público não pode ser refém de "vaidade".

"Estamos fazendo o jogo do bandido. A Controladoria é a mocinha da história."

"Existe o depoimento de uma testemunha, cujo anonimato está garantindo sua segurança, de que há um delegado envolvido com a máfia do ISS. Mas isso não tem nada a ver com o que foi dito hoje [pelo delegado à Folha]. O Ministério Público já sabe e está investigando o caso" declarou Haddad.

O petista não disse quem é o delegado. Afirmou somente que a investigação nada tem a ver com Eduardo Jorge.

O prefeito se refere ao depoimento de testemunha batizada de "Alpha". Ela disse ter ouvido de Ronilson Bezerra Rodrigues que um delegado de polícia vendia informações para a máfia do ISS.

Após as declarações do prefeito, a Corregedoria da Polícia Civil enviou um pedido à prefeitura para que sejam enviadas informações sobre o envolvimento do policial. "Assim que a Corregedoria receber os dados, abrirá investigação", diz nota da polícia.

Para Haddad, a afirmação do delegado de que a polícia fez ao menos três solicitações à prefeitura sobre os servidores para investigá-los é uma tentativa de colocar uma "névoa" nos resultados obtidos.

"Em vez de celebrarmos o êxito das investigações estamos promovendo uma discussão menor. Um trabalho tão bonito não pode se render à vaidade de uma pessoa."

A polícia abriu investigação em maio após o controlador Mário Spinelli dizer à revista "Veja" que havia servidores com bens incompatíveis com suas rendas.


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