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Invasões e esgoto são vistos como vilões

Especialistas culpam aumento populacional irregular em áreas de serra do Mar e rede de esgoto insuficiente

Dados da prefeitura de São Sebastião indicam que apenas 46% da cidade está coberta pela rede oficial de esgoto

DA ENVIADA ESPECIAL A SÃO SEBASTIÃO DE SÃO PAULO

O bucólico rio Juqueí, e os moradores da praia são os primeiros a identificar o problema, é uma das principais fontes de contaminação da praia homônima, muito procurada no verão por famílias com crianças.

As ocupações irregulares que aumentam a cada mês do outro lado da estrada, em direção à serra do Mar, é a grande preocupação da prefeitura, segundo Eduardo Hipólito, secretário de Meio Ambiente da cidade.

As pessoas, em Juqueí, dizem não estranhar o rebaixamento da classificação anual da praia, feita pela Cetesb.

Em vários locais é visível que as fossas vazam em direção ao rio. Mesmo onde existe rede de esgoto, nem sempre ele está ligado às casas.

"Eles só ligam os esgotos nos hotéis e casas de luxo. O caiçara não tem esse privilegio. A casa do meu pai não tem água nem esgoto", conta Amanda Lea, 35, comerciante, que mora em Juqueí.

Segundo ela, há cinco anos, a tubulação de esgoto chegou à região.

"Algumas pessoas chegaram a ligar seus encanamentos à rede. Mas o esgoto começou a vazar na rua."

Por causa do cheiro, alguns moradores voltaram a jogar o dejeto de suas fossas direto no rio. Que, quando chove, chega com força ao mar.

Dados da prefeitura de São Sebastião indicam que apenas 46% da cidade está realmente coberta pela rede oficial de esgoto.

"Mas acabamos de inaugurar o sistema Baleia/Sahy, que deverá ajudar bastante na melhoria da balneabilidade", diz Hipólito.

A obra é uma das ações da Sabesp na região.

Segundo a empresa, a cidade está recebendo, entre o ano passado e este, obras no valor de R$ 180 milhões, apenas para a coleta e o tratamento de esgoto.

No médio prazo, segundo Hipólito, a ideia é fazer um plano em conjunto com o Estado e o Ministério Público para que o loteador clandestino não atue mais na região.

"Além da questão da qualidade da água, existe um problema social importante. Há moradias em áreas de risco, que podem desabar".

Para o segurança Manoel Messias, 46, o problema vem de todos os lados. "A cada ano, tem mais turistas. E a sujeira fica na areia, porque muita gente joga o lixo aqui."


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