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Praias ficam sem caixas eletrônicos após roubos
Um equipamento foi explodido na sexta
Uma série de explosões de caixas eletrônicos no litoral norte de São Paulo nos últimos anos deixou um vácuo de equipamentos em diversos bairros, causando transtornos a moradores e turistas.
Em alguns bairros e praias, não restou nenhum.
O episódio mais recente foi na madrugada de sexta-feira, quando oito homens explodiram um caixa em Maresias, em São Sebastião.
Dois guardas municipais ouviram o barulho e abordaram os bandidos. Houve tiroteio. Na fuga, o grupo abordou uma van da Prefeitura de Ilhabela que levava um doente a São Paulo. Motorista e passageiro tiveram de descer.
O veículo foi abandonado pouco depois. A suspeita é que a quadrilha tenha fugido de barco. A ação, com enredo cinematográfico, tem se tornado mais frequente em São Sebastião. Em Juqueí, havia 11 caixas eletrônicos em 2011. Com explosões e assaltos, não sobrou nenhum.
Gilmar Santos, 43, morador de Juqueí, encara a estrada até Boiçucanga para usar o serviço no caixa eletrônico.
"Temos que nos deslocar de 15 a 20 km para encontrar o caixa e torcer para que esteja funcionando", afirmou.
As praias de Camburi, Maresias, Barra do Una, Boraceia e Porto Grande, em São Sebastião, também registraram explosões e ficaram sem caixas eletrônicos.
O mesmo ocorreu na vizinha Caraguatatuba, onde assaltantes destruíram equipamentos de bancos, principalmente em postos de gasolina. Em Massaguaçu e Palmeiras, os caixas não voltaram.
"É uma dificuldade grande, porque agora só nos resta ir até o centro para fazer qualquer transação bancária", disse a comerciante Amélia Souza Lopes, 52.
Segundo o Itaú, os caixas em estabelecimentos comerciais dependem de um contrato com o comerciante, que muitas vezes opta pela não continuidade após os roubos.
O Santander diz que desde 2012 mantém 54 caixas no litoral norte. Apesar de alguns não terem sido repostos após explosões, foram instalados novos em outros locais.
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos defende ações como impedir o acesso de bandidos a explosivos.