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Foco

Topo do ranking está em MG, que também tem a melhor escola pública

Bernoulli, em Belo Horizonte, e Colégio de Aplicação da federal de Viçosa se destacaram

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE JULIANA COISSI DE SÃO PAULO

De família pobre, o engenheiro Rommel Fernandes Domingos, 39, começou a trabalhar aos sete anos de idade, mas gostava mesmo era de estudar. Foi apontador do jogo do bicho, conseguiu se formar no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e largou a engenharia para abrir a escola que queria ter frequentado na infância.

Junto com o irmão Rodrigo e um amigo de faculdade, é dono do Bernoulli, a primeira escola particular do Brasil no ranking do Enem, na zona sul de Belo Horizonte.

O negócio começou em 2000, com um pré-vestibular. O colégio surgiu três anos depois, e desde 2006 está entre os dez melhores do país. Em 2012, foi terceiro colocado.

Para Rommel, o diferencial é um ensino que privilegia o raciocínio e o estudo intensivo. "A proposta é trabalhar com uma linguagem jovem, direta, objetiva, sempre valorizando o raciocínio e não a decoreba'", diz.

Para entrar na escola, é preciso enfrentar um vestibulinho e ter os boletins dos dois anos anteriores avaliados.

No ensino médio, o material didático é próprio e está incluído na mensalidade de cerca de R$ 1.300.

As aulas no período da manhã se estendem, duas vezes por semana, até a tarde. Mas, na prática, segundo Rommel, os alunos acabam ficando todo o dia na escola. No terceiro ano, há aulas aos sábados --em alguns, também simulados do Enem. "O trabalho aqui é duro", afirma.

APLICAÇÃO

A melhor escola pública do país, no ranking do Enem, também é mineira. Para entrar no Coluni, o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa, a relação é de 12 candidatos por vaga --mais concorrido do que o curso de odontologia na USP.

O site do colégio lembra o da Fuvest: há termos como "manual do candidato", "edital" e "obras literárias" para a prova, que é feita em dois dias.

No ensino médio, há 480 alunos. As aulas ocorrem apenas de manhã, mas, na prática, o tempo de estudo é quase integral, diz a professora Renata Rena Rodrigues.

Pelo menos 15 dos 36 professores têm doutorado, e outros são mestres ou doutorandos. Os docentes são contratados por concurso da universidade e, como lá, seguem regime de dedicação exclusiva.

Como nos vestibulares mais concorridos do país, a seleção do Coluni atrai candidatos de outras cidades mineiras e até da Bahia. Cerca de 40% dos estudantes vieram de colégios particulares.

Há alunos que recebem bolsa de iniciação científica do CNPq. E o índice de aprovação em vestibulares é de 90%. "Para nós, o Enem não é meta, é só consequência", diz Renata.


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