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Foco

Pinguins de parque de Santo André esperam primeiro filhote no Natal

Exposição de fotos irá mostrar os oito ovos que estão sendo chocados em cativeiro

JAIRO MARQUES DE SÃO PAULO

Monalisa e Capuccino estão se revezando as 24 horas do dia no cuidado do ninho que guarda o ovo que vai trazer o primeiro filhote do casal, que deverá sair da casca no Natal.

A data não poderia ser mais simbólica, uma vez que esses pinguins-de-magalhães enfrentaram águas poluídas, mar agitado, ferimentos graves provocados por predadores e a solidão, após se perderem de seus grupos e chegarem ao litoral brasileiro.

Mas, no final, tiveram alguma sorte. Foram resgatados, recuperados e hoje vivem tranquilos em um parque científico de Santo André, na Grande São Paulo, o Sabina, e só querem saber de seus futuros filhos.

De maneira inédita para o local, além de Monalisa, que não tem uma das asas, e Capuccino, outros três casais de pinguins se formaram no viveiro e estão aguardando os filhotes saírem de sete ovos.

"Não temos conhecimento de uma ninhada com essa intensidade em nenhum outro cativeiro do país. Nossa ansiedade para esses filhotes é tremenda", afirma a bióloga Catherina Bartalini, que trabalha há quatro anos com os 23 pinguins do Sabina.

NINHOS

A criançada que visita o parque --que tem diversas outras atrações como réplicas de dinossauros-- espicha o pescoço diante do aquário de 114 m² e 110 mil litros de água atrás dos ninhos dos pinguins-de-magalhães.

"Quando falamos que os pinguins botaram, a meninada fica muito curiosa, faz muitas perguntas", diz a monitora Larissa Novaes.

Mas a procura dos pequenos é em vão. Os ninhos estão bem escondidos dos olhos dos visitantes, justamente para manter a privacidade.

Uma exposição de fotos dos ovos deve ser realizada na semana que vem para amainar a curiosidade dos visitantes que vão ao Sabina.

Os pinguins usaram feno para armar a cama dos futuros filhotes. Alguns pais não arredam pé dos ovos nem para comer e recebem alimento dos tratadores na boca.

"A felicidade maior é saber que esses animais, que não tinham condição de voltar à natureza, estão bem adaptados em sua nova moradia, estão saudáveis e estão se reproduzindo", diz Bartalini.

FIDELIDADE

Todos os casais tiveram períodos de namoro antes de partir para a formação de uma família.

"O namoro mais curto foi de um ano", diz a bióloga, mas Buzininha e Kovasquinha flertam há três anos.

Como são jovens --todos os futuros pais têm seis anos--, no início da atividade reprodutiva, os relacionamentos, que são monogâmicos, ainda devem gerar muitos filhos nos próximos anos.

Os casais cuidam dos filhotes por até três meses. Dão calor, proteção e comida mastigada na boca.

"Não esperamos ter de dar nenhum cuidado especial aos filhotes. Vamos deixar que os pais cuidem normalmente deles", afirma a bióloga.

No parque, eles têm a luminosidade controlada, simulando o que acontece na Argentina, habitat natural dessa espécie. Comem sardinha e têm acompanhamento médico rigoroso.

Pinguins-de-magalhães não vivem no gelo, mas sob temperaturas amenas. Podem chegar até os 30 anos, têm penas curtas e o período de incubação dos ovos pode durar até 44 dias.

O Sabina abre de terça a domingo, das 12h às 17h, com ingressos a partir de R$ 15, com desconto para estudantes. Outras informações pelo telefone (11) 4422-2001.


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