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Operários relatam à polícia problemas em construção

Segundo depoimentos, prédio que desabou tinha rachaduras e laje ameaçava ceder

DE SÃO PAULO

Três operários da obra que desabou na segunda-feira em Guarulhos (Grande SP) prestaram depoimento ontem à polícia e reforçaram que a construção tinha rachaduras e vigas envergadas. Uma laje também ameaçava ceder, segundo um dos trabalhadores.

Edvaldo Jesus dos Santos --irmão de Edenilson de Jesus Santos, desaparecido desde o desabamento--, contou que diariamente apareciam novas trincas nos pilares e vigas de sustentação. O mestre de obras teria mandado passar cimento, mas as rachaduras voltavam dias depois.

Raimundo da Luz Cardoso, que dormia no alojamento com Edenilson, disse que há cerca de três semanas acordou com um barulho no subsolo. Percebeu então que quatro blocos haviam caído, como se tivessem sido "forçados" pela viga. Ao relatar o ocorrido para o mestre de obras, esse teria dito que "era normal" e que o calor teria feito o bloco ressecar e cair.

"O tamanho e a localização das fissuras podem ser um prenúncio de desabamento. As mais graves são as que aparecem em cantos de laje, vigas e próximas a pilares", explicou o professor de engenharia civil do Mackenzie Eduardo Ioshimoto. "Se ele [mestre de obras] falou que era normal, deu opinião de leigo. O correto é escorar o local e interromper a obra até que ela seja analisada", acrescentou.

A Folha tentou falar várias vezes ontem com o dono da construtora Salema, Fernando Salema. Ninguém atendeu o telefone pessoal. No escritório, uma funcionária disse que ele está internado desde o desabamento com problema de pressão.


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