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Morre, aos 75, ator e diretor Fauzi Arap

Intérprete em 'Dois Perdidos numa Noite Suja' e na primeira peça do Oficina enfrentava um câncer na bexiga

Como dramaturgo, ele estreou em 1975 com 'Pano de Boca'; há duas semanas, havia terminado novo texto

DE SÃO PAULO

Morreu na manhã de ontem em São Paulo, enquanto dormia, o diretor, dramaturgo e ator Fauzi Arap, 75. Ele enfrentava havia cinco anos um câncer na bexiga.

"Estava sereno, trabalhando", conta o ator Nilton Bicudo. "Ele estava ouvindo músicas novas da Maria Bethânia, que ela sempre mandava para ele. Estava muito tranquilo." Há duas semanas, Arap havia terminado uma nova peça, "A Graça do Fim".

Como diretor, ele ganhou maior projeção com o show "Rosa dos Ventos", de Maria Bethânia, em 1971.

Já havia dirigido textos da então nova geração de dramaturgos brasileiros, como Plínio Marcos, com "Dois Perdidos numa Noite Suja" (1967), em que também atuou, e "Navalha na Carne" (1968), protagonizado por Tônia Carrero.

Como autor, estreou em 1975 com "Pano de Boca", sobre o teatro dos anos 60 e 70 e focado num ator do Teatro Oficina, Samuca, texto premiado com o Molière.

Arap começou como ator no final dos anos 50, dirigido por Zé Celso na primeira peça do Oficina, apresentada a domicílio, "Geni no Pomar". Como profissional, estreou em "A Vida Impressa em Dólar", direção de Zé Celso.

Eram amigos desde quando moravam, ainda estudantes, "na mesma pensão, na Alameda Santos", conta Zé Celso. "E ele foi o primeiro ator que tomou LSD, numa época em que se tomava com médico. Ele desenvolveu antes dos outros todos um corpo mais livre, no sentido da expressão."

A experiência com LSD foi relatada por ele na autobiografia "Mare Nostrum - Sonhos, Viagens e Outros Caminhos" (editora Senac, 1998).

O enterro será realizado hoje no Cemitério São Paulo.


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