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Outro lado
Companhias negam pagamentos e dizem desconhecer irregularidades
Empresas afirmam não terem sido notificadas da investigação e estarem à disposição das autoridades
A maior parte das empresas citadas na lista de companhias investigadas por envolvimento com a chamada máfia do ISS (Imposto Sobre Serviços) afirma desconhecer as possíveis irregularidades.
A construtora Cyrela, que aparece quatro vezes na relação, informou em nota que "preza pela transparência e seriedade" e que está à "disposição dos órgãos públicos pertinentes para qualquer esclarecimento".
Afirmou ainda que "desconhece qualquer irregularidade" em seus empreendimentos" e "cumpre com as obrigações fiscais e tributárias".
Outros nomes citados são prédios da incorporadora Brookfield, que já confirmou ter entregue R$ 4 milhões aos auditores investigados.
Em nota, afirmou ter sido vítima de extorsão e disse que manteria o silêncio para não prejudicar a investigação.
O shopping Iguatemi (zona oeste) negou o pagamento de propina e disse que a responsabilidade sobre tributos é da empresa contratada para realizar a obra.
O Hospital Bandeirantes (centro) disse que não foi procurado pelo Ministério Público, mas ressaltou que "sua trajetória sempre foi marcada pelo compromisso social". Também disse estar à disposição para esclarecimentos.
Procurado, o hospital Igesp não respondeu até a conclusão desta edição. A incorporadora PDG afirmou não ter informações sobre a lista, mas que está à disposição para esclarecimentos.
A Plano Aroeira disse não ter sido informada pela Promotoria sobre a investigação e que não iria se pronunciar.
A Helbor, outra construtora presente na planilha, disse que não iria se manifestar.
A Tecnisa disse que não iria comentar, mas "colabora com a Justiça e empreenderá todos os esforços para ajudar o Ministério Público".
A Mudar afirmou que nunca pagou propina e que "encara esta suspeita com surpresa e indignação".
A Racional Engenharia, responsável pelo condomínio Centeranel, disse que desconhece as irregularidades e que "atua com base nos princípios da ética, transparência e melhores práticas de governança corporativa".
Em nota, a Idea!Zarvos, responsável pela construção do Fidalga 772, edifício na Vila Madalena (zona oeste), disse que não foi notificada e não vai se pronunciar sobre o caso, mas se colocou à disposição da Justiça.
A Kallas negou as irregularidades e disse que pagou todo o imposto devido. A Econ informou que não foi notificada. A construtora Paulo Mauro também disse que não sabe de irregularidades em seus prédios.