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Helier Nicolau Morrone (1918-2013)

Vô Gordo e os '22 familiares'

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Para Helier Morrone, a família era o maior tesouro da vida. Orgulhava-se em contabilizar os "22 familiares", como gostava de se referir a ele, sua mulher e seus 20 descendentes. Era um patriarca extremamente presente, preocupado e cuidadoso.

Dava aos netos apelidos inusitados, como "floricultura ambulante". Por sua vez, era chamado, carinhosamente, de "vô Gordo". Como o apelido surgiu ninguém sabe ao certo, já que Helier sempre foi "esbelto", segundo os próprios netos. Até quase o fim da vida, fazia questão de caminhar e praticar esportes.

Ele e a mulher, Leocadia, viveram juntos nada mais nada menos que 74 anos.

Formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, prezava a honestidade e a responsabilidade. Muito inteligente, tinha um desejo insaciável de conhecimento. Tinha como hobby escrever contos e corrigir dicionários.

Muito sociável, não perdia a oportunidade de contar "causos" para todo o mundo.

Quando visitas chegavam, Helier ia para a porta de casa, onde sempre recebia todos os convidados com muita alegria e receptividade.

No ano passado, por duas vezes, ele e a mulher foram internados ao mesmo tempo, no mesmo hospital e no mesmo andar. Para passar o tempo, um visitava o outro.

Morreu na quinta-feira (5), aos 95 anos, de câncer. Deixa a viúva, quatro filhos, oito netos e oito bisnetos.

A pedido de Helier, que era ateu, a família não fará nenhuma cerimônia póstuma.


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