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Cotidiano

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Chuva alaga Rio e ladrões atacam motoristas ilhados

Temporal na região metropolitana deixou 2 mortos e ao menos 4 feridos

Na Baixada, 2.000 pessoas ficaram desalojadas; moradores incendeiam pneus e fecham via Dutra

DO RIO

Casas inundadas, motoristas ilhados vítimas de assaltos, passageiros amontoados em estações fechadas de trem e metrô, alunos sem aulas.

Foi esse o cenário no Rio ontem, após o temporal que começou na noite de terça e se estendeu por mais de 12 horas, superando a média prevista para o mês todo.

A chuva deixou dois mortos e ao menos quatro feridos.

O corpo de um jovem de cerca de 18 anos foi encontrado em Belford Roxo, Baixada Fluminense. Também no município, o corpo de um homem em torno de 50 anos estava perto do rio Botas. Nenhum havia sido identificado.

Havia um desaparecido em Nova Iguaçu, município vizinho que decretou calamidade --a região teve 2.000 desalojados. Não se sabia se se tratava do segundo corpo.

Os alagamentos pararam vias de acesso ao Rio, como a rodovia Presidente Dutra, e a av. Brasil, onde houve saques a caminhões e assaltos a motoristas ilhados. Alguns chegaram a voltar na contramão por medo de arrastões.

Em protesto pela falta de investimentos da prefeitura, moradores fizeram barricadas com fogo na Dutra, causando lentidão de 10 km.

Após conversar por telefone com a presidente Dilma Rousseff (PT), o governador Sérgio Cabral (PMDB) recebeu reforço da Polícia Federal para conter saques na rodovia.

Houve desabamentos nas zonas norte e oeste do Rio e no município de Nilópolis.

Enquanto o prefeito Eduardo Paes (PMDB) pedia na TV que a população ficasse em casa, milhares penaram tentando chegar ao trabalho.

Os trens ficaram parados desde cedo nos ramais de Belford Roxo e Saracuruna. No metrô, cinco estações foram interditadas na linha 2.

As aulas foram suspensas em 201 escolas municipais e 12 estaduais da capital.

A situação mais dramática foi em Nova Iguaçu, na Baixada: 26 bairros foram atingidos. Um canal transbordou, deixando mil desalojados.

Por quase dez horas, o comerciante Alexandre Gonçalves, 44, permaneceu com água pela cintura dentro de casa. "Desliguei a luz para evitar um curto-circuito porque o nível da água ficou acima das tomadas."

Segundo a Climatempo, a chuva perderá força, mas continuará hoje, com previsão de melhora a amanhã.


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