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Fiscal afirma que shopping Iguatemi não pagou suborno
DE SÃO PAULOO fiscal Luis Alexandre de Magalhães disse, em novo depoimento à Promotoria, que o shopping Iguatemi (zona oeste) não pagou suborno à máfia do ISS, embora o nome do centro comercial conste da lista da propina apreendida em sua residência.
De acordo com o promotor Roberto Bodini, o fiscal Magalhães citou o shopping como exemplo de negócio não concretizado pela quadrilha.
Segundo o promotor, a afirmação de Magalhães será levada em consideração, mas as investigações irão prosseguir porque, na lista, constam o valor e a data que a propina teria sido paga ou registrada no documento (R$ 63 mil, em 19 de maio de 2011).
"Os indícios existem e são muito fortes. Eles me permitem investigar o que aconteceu", disse o promotor.
Uma das ações da Promotoria será pedir à Justiça a quebra dos sigilos fiscal e bancário das empresas suspeitas para fazer o cruzamento. Na lista apreendida há 410 supostas operações de pagamento de propina envolvendo empreendimentos.
Procurado, o Iguatemi São Paulo disse desconhecer "qualquer irregularidade". Segundo a empresa, "todos os recolhimentos foram realizados pelas empresas contratadas para execução da obra, tendo sido responsabilidade da construtora a obtenção dos certificados de quitação dos tributos devidos, inclusive do ISS".