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João Manfré Filho (1937-2013)

Prezava a integridade e a honradez

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Para João Manfré Filho, era mais importante o caráter da pessoa que os bens materiais que ela possuía. Aos filhos, costumava dizer uma frase que resumia todo esse pensamento: "Melhor andar descalço e de cabeça erguida".

Prezava a honestidade e a honra do nome da família, muito conhecida em sua terra natal, Jacarezinho, no interior do PR --seu pai era um dos fundadores da cidade.

Começou a trabalhar muito cedo, aos sete anos, como engraxate e carregador de malas na estação ferroviária. Foi ainda cobrador de ônibus, carteiro e telegrafista, função na qual se aposentou, em 1973.

No entanto, não quis nem saber de ficar em casa. Arrumou emprego como vendedor de veículos, e só se aposentou de verdade em 1991.

Nas horas de folga, adorava pescar, mas apenas da beira do rio, porque tinha medo de se afogar. Só encarou entrar num barco em Corumbá (MS), em 2000, para realizar o sonho de fisgar um dos grandes peixes do Pantanal.

Mais jovem, ao lado dos filhos, chegava a caminhar quase 20 km, só de ida, para pescar. Durante o caminho pelo trilho do trem, contava algumas histórias para assustar os pequenos, geralmente quando passavam pela mata.

Conheceu a mulher, Alice, em um baile. Órfã, ela morava com as tias em São Paulo, mas decidiu voltar para Jacarezinho e ficar com a avó. O casamento saiu poucos meses após o primeiro encontro.

Sofria de uma doença pulmonar havia mais de uma década. Morreu no dia 4, aos 76. Deixa a esposa, os filhos, Riberto, Célio, Marcelo e Silvia, nove netos e uma bisneta.

coluna.obituario@uol.com.br


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