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Polícia ouve mais 49 e diz que 'black blocs' foram identificados

Detidos por vandalismo em protestos desde junho devem ser indiciados sob suspeita de associação criminosa

Convocados para prestar depoimento negam ligação com grupo associado a atos de violência

FELIPE SOUZA DE SÃO PAULO

A polícia de São Paulo ouviu ontem 49 pessoas detidas em protestos desde junho e disse ter identificado adeptos da tática "black bloc" que devem ser indiciados sob suspeita de associação criminosa.

A convocação para a série de depoimentos num mesmo dia é parte de uma investigação que tenta identificar responsáveis por atos de vandalismo nas manifestações.

Nos últimos meses, 150 pessoas já foram ouvidas.

O diretor do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), Wagner Giudice, diz que ninguém admitiu adesão à tática "black bloc" (que prega a destruição de patrimônio), mas que alguns já foram identificados.

"Não vamos dizer quantos ainda. Eles poderão ser indiciados sob suspeita de associação criminosa [que prevê pena de três a oito anos de prisão]", afirma Giudice.

Segundo ele, algumas pessoas podem sofrer outras punições, como se apresentar em uma delegacia duas horas antes de protestos.

A polícia convocou 81 pessoas ontem, mas só 49 compareceram. Quem não se apresentar após a terceira notificação poderá levado à força.

Os dados colhidos nos depoimentos farão parte de um inquérito que será encaminhado ao Ministério Público.

A Folha entrevistou ontem cinco pessoas que foram prestar depoimento, mas que não quiseram se identificar.

Elas afirmaram terem sido detidas de forma injusta após participarem de ato contra a alta da tarifa de ônibus que terminou em confusão no terminal Parque Dom Pedro.

Ramon Koelle, da Comissão de Direitos Humanos do Sindicato dos Advogados, disse orientar que as pessoas fiquem caladas no depoimento. "[A polícia] deveria abrir uma força-tarefa para apurar os abusos cometidos pela PM [nos protestos]", afirmou.


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