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Skate elétrico para areia invade litoral

Equipamento que chega a custar R$ 2.900 atinge até 35 km/h e preocupa associação de moradores

Na praia da Baleia, estudante que 'surfa' na areia há seis meses, achou fácil o esporte, até a primeira queda

NATÁLIA CANCIAN ENVIADA ESPECIAL AO LITORAL NORTE

De longe, parece até uma miniprancha. Mas é um skate diferente, com rodas e plataforma maiores, que tem saído do asfalto e tomado conta da areia de algumas praias do litoral paulista.

Uma das preferidas pelos adeptos do skate "moda praia" é a Baleia, em São Sebastião, além de outras praias de superfície plana --como a vizinha Camburi e Laranjeiras, em Paraty (RJ).

Além do tamanho (pneus, por exemplo, chegam a 27 cm de altura, ante 8 cm do skate tradicional), a diferença está na forma de impulso: elétrico, o equipamento é coordenado por controle remoto.

"Brincamos que é até um pouco sedentário, porque vem com o controle", diz o professor de educação física Heitor Ferreira, 31, que dá aulas de surfe na Baleia.

Segundo ele, o número de turistas com skate elétrico na praia disparou desde a última temporada.

Lojas e distribuidoras confirmam o aumento da procura --sobretudo no verão.

"O crescimento é bastante expressivo. Começamos com 20 a 30 peças por mês e hoje é o triplo disso. E nessa época já chega a até 200 por mês", conta Ricardo Ducco, diretor comercial da Dropboard, que compara o skate elétrico a uma pequena "prancha com rodas".

Marcos Fortuna, diretor da Two Dogs, afirma que o litoral já é o maior mercado do produto. "Quem não tem onda aproveita para surfar com areia", afirma.

A diversão, porém, é para poucos --daí o fato de crescer em praias mais "nobres": um modelo ideal para a areia chega a custar R$ 2.900.

EM ALTA VELOCIDADE

O avanço traz uma preocupação relacionada à velocidade: há modelos que chegam a até 35 km/h.

Tanto que, na Baleia, a associação local instalou duas placas para informar os banhistas sobre o horário permitido para a prática do esporte sobre rodas: antes das 9h e depois das 18h.

Modelos movidos a gasolina estão proibidos de circular pela região.

"Se uma criança estiver sentada embaixo do guarda-sol, levantar e não vir o skate, pode ter um acidente", diz o guarda-vidas Sérgio Penteado, que recomenda "bom-senso" no uso do equipamento. "Sempre peço para andarem mais devagar", diz.

O estudante Rodrigo Schenkman, 18, começou a andar de skate há seis meses com o irmão.

De início, achou fácil. Até ocorrer a primeira queda: "Se cair em alta velocidade, dá até três quicadas na areia. Já rolei bastante."

De férias, Luísa Prado, 19, aproveitou para testar o equipamento pela primeira vez na semana passada. "É difícil de se equilibrar, mas depois vai pegando o jeito", conta.


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