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Antonio Antiori (1930-2013)

Tio Tonho não gostava de viajar

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Viajar não fazia parte do vocabulário de Antonio Antiori. Não queria nem saber de acompanhar a mulher, Adriana, ao Guarujá, no litoral paulista. Conhecer a Itália, terra natal dos pais, estava totalmente fora de cogitação.

Preferia dedicar-se ao trabalho e às causas sociais. Além de ajudar os funcionários da sua empresa, uma marmoraria na zona oeste de São Paulo, colaborava com entidades filantrópicas como o Graacc e o Instituto Meninos de São Judas Tadeu.

Com a família, mudou-se de Ituverava, no interior, para a capital paulista em 1958. Na nova vizinhança conheceu a futura mulher, com que se casaria três anos depois.

Era o líder entre os seis irmãos, apesar de ser o caçula. Com parte deles, abriu o próprio negócio após administrar um posto de gasolina.

Para se divertir nos fins de semana, tio Tonho, como era chamado na família, jogava buraco com os amigos.

De saúde delicada desde a infância, teve, entre outras doenças, tuberculose e osteomielite --esta o obrigou a andar de cadeira de rodas por um ano. Já mais velho foi diagnosticado com fibrose cística, doença degenerativa que atacou seus pulmões.

Muito religioso, dizia que Deus havia sido bondoso com ele, pois pensava que viveria bem menos, por causa de tantos problemas de saúde.

Queria uma morte natural, mas foi internado pela família no final de novembro. Morreu no dia 4, aos 83 anos, deixando a mulher, dois filhos, dois netos e dois irmãos.

coluna.obituario@uol.com.br


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