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Ricos barram menor desigualdade, diz petista

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

O prefeito Fernando Haddad (PT) criticou duramente o Judiciário e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e afirmou que a decisão causará injustiça tributária.

"A partir do momento em que se impede a redução do IPTU dos mais pobres e a cobrança da valorização dos imóveis dos mais ricos, você está promovendo injustiça tributária", disse, após assinar lei que cria a SP Cine, empresa de fomento ao cinema.

Em discurso no evento, logo após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de barrar o aumento do IPTU previsto pelo petista, Haddad chamou a Fiesp de "casa grande" --referência a "Casa Grande e Senzala", de Gilberto Freyre.

"Casa Grande e Senzala" faz uma radiografia do Brasil, falando da miscigenação e formação da sociedade brasileira. "A casa grande não deixa a desigualdade diminuir na velocidade que se deseja. Não se pode ganhar todas", disse Haddad, em discurso. Segundo o prefeito, a decisão causa um precedente que deixou prefeitos de todo o país preocupados.

"Desde o prefeito Jânio Quadros, é a primeira vez na história de São Paulo que um prefeito é impedido de atualizar a planta genérica de valores", afirmou.

Haddad disse que alertou o presidente da Fiesp que a mudança provocaria perda de R$ 4 bilhões em investimentos. "Mas ele preferiu levar à TV as inverdades que falou. O mal está feito, temos que conviver com isso e vamos tentar equacionar da melhor maneira possível".

O prefeito comparou a decisão ao rebaixamento da Portuguesa no Campeonato Brasileiro, que "devolveu" o Fluminense à elite. "Uma decisão como essa só é mais injusta do que a decisão contra a Portuguesa", disse Haddad, que é são-paulino.


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