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Luiz Jacintho da Silva (1949-2013)

Exercia a 'diplomacia médica'

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Quando jovem, Luiz Jacintho pretendia ser diplomata, mas, influenciado pelo pai, formou-se em medicina. Ao longo da carreira, porém, não deixou de realizar parte do seu sonho: exercia uma espécie de "diplomacia médica".

Viajou o mundo a trabalho, reunindo-se até com ministros da Saúde. Nos últimos anos, morou na Itália, nos EUA e na Coreia do Sul, atuando em pesquisas de epidemiologia e de combate à dengue.

Professor aposentado da Unicamp, trabalhou na Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, na Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), do governo federal, e na Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

Foi um dos responsáveis por avanços em diversos programas na saúde pública do Brasil, como de imunizações e de combate à hepatite.

Rigoroso e provocativo, era também acolhedor e uma presença constante no hospital ao lado dos residentes --sem perder a oportunidade de "puxar a orelha" daqueles que chegassem depois dele.

Lia muito. Tinha cerca de mil livros apenas no tablet. Era profundo conhecedor de história e geografia, principalmente dos países onde morou ou para onde viajou.

Sua lista de "lugares para conhecer antes de morrer" incluía destinos pouco tradicionais, como a Islândia. Já doente --há dois anos foi diagnosticado com câncer no pâncreas--, foi às ilhas Maldivas.

Fã incondicional do filme "Godzilla", tinha várias versões do longa e uma coleção de miniaturas do monstro.

Morreu no sábado (14), aos 64. Deixa a viúva, Mirian, três filhos do primeiro casamente, dois enteados e uma neta.


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