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Avião da Azul faz manobra de emergência para evitar colisão

As duas aeronaves estavam muito próximas; uma delas 'mergulhou' para não bater na outra

Piloto de um dos aviões diz que erro foi do controle de tráfego aéreo; Aeronáutica afastou controladores

FABIO BRISOLLA DO RIO

Um avião da companhia aérea Azul realizou uma manobra de emergência quinta-feira à tarde para evitar colidir em pleno ar com outra aeronave da empresa que seguia pela mesma rota.

Para evitar o desastre, o piloto iniciou um procedimento semelhante a um mergulho para perder altitude.

Os dois aviões sobrevoavam o Estado de São Paulo. Os operadores de tráfego aéreo responsáveis pelos aviões da Azul foram afastados de suas funções pelo Ministério da Aeronáutica.

O voo número 5114 da Azul partiu do aeroporto de Viracopos, em Campinas, às 16h14, com destino ao aeroporto Santos Dumont, no Rio. A outra aeronave, também da Azul, vinha no sentido contrário, rumo a Campinas.

Minutos após a decolagem, com o serviço de bordo iniciado, o comandante do voo 5114 conduziu a manobra.

"Sabe a sensação de cair? De repente, caiu. O avião começou a apontar para baixo", relatou a publicitária Laila Bergamasco, 28, uma das passageiras do voo.

SUSTO

Apesar do susto, não chegou a haver pânico. "Todo mundo ficou se olhando, preocupado. Mas isso não durou muito tempo. Logo, voltou ao normal", disse ela.

Segundos após a manobra, o comandante pediu que todos afivelassem seus cintos de segurança, incluindo a tripulação. Depois, disse aos passageiros ter realizado o procedimento para evitar uma colisão com outro avião.

De acordo com o relato do piloto da Azul aos passageiros, o controle de tráfego aéreo não repassou informações necessárias para evitar que dois aviões voassem muito perto entre si.

O Ministério da Aeronáutica informou à Folha que investigará o caso. A Azul limitou-se a dizer que uma "aeronave teve que desviar seu percurso durante o trajeto por conta de outra aeronave, que seguia rota próxima".

O que evitou a tragédia foi o sistema anti-colisão dos dois aviões, conhecido como TCAS. Ele é acionado antes da decolagem, em um check-list obrigatório feito pelo piloto e pelo copiloto.

Quando dois aviões estão perto um do outro, esse sistema dá um alerta sonoro para o piloto de cada avião tomar rumo contrário: um sobe e o outro desce.

"O TCAS orienta um avião a subir e outro a descer. E os pilotos são treinados para seguir de imediato esses alertas", diz Ronaldo Jenkins, piloto aposentado e diretor de segurança da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).


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