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Conselho questiona festa de Réveillon no parque Ibirapuera

Evento inédito é visto com preocupação por membros de grupo, que temem danos e segurança do visitante

Segundo a prefeitura, haverá reforço na segurança e apenas parte do parque estará aberto durante a virada

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

A inédita festa de fim de ano marcada para o parque Ibirapuera, na noite do dia 31, é vista com preocupação por membros do conselho gestor do parque. O órgão não sabia do plano da prefeitura.

Segundo Otávio de Freitas, representante da Sojal (Sociedade dos Moradores e Amigos do Jardim Lusitânia), bairro vizinho ao parque, a prefeitura não discutiu o projeto com o conselho.

"Fiquei sabendo disso [da festa de Réveillon] pela imprensa", afirma o também engenheiro. "Pode ocorrer problemas tanto para a segurança das pessoas quanto para o próprio parque", avalia Freitas, que se diz totalmente favorável ao uso do parque por toda a população, desde que com critérios corretos.

Esta é pelo menos a segunda grande polêmica noturna envolvendo o parque.

No início do segundo semestre, quando a gestão Fernando Haddad (PT) anunciou que iria deixar os portões abertos por 24 horas de sábado para domingo, membros do conselho também se opuseram à medida.

A festa da Virada, segundo estimativas da própria prefeitura, deverá reunir entre 5 mil e 10 mil pessoas.

Nem todo o parque vai estar aberto. O palco será montado entre o Museu Afro Brasil e a Marquise, em um local cimentado, o que pode diminuir o impacto ao parque em caso de muita chuva.

De acordo com a prefeitura, todo o plano de segurança apresentado ao conselho quando da abertura 24 horas do parque será mantido.

Os portões para carro serão fechados às 18h. A festa começa por volta das 20h e acaba a 0h30. O parque vai fechar à 1h. As pessoas vão sair pelos portões 2 e 10.

Pelo regulamento em vigor do parque --existe um novo, revisado, que está há um ano e meio aguardando aprovação--, os portões do parque não podem fechar depois da meia-noite. Exceções podem ocorrer mediante autorização especial, dada pelo próprio poder público municipal.


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