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Nisa de Queirós Mattoso Barreto (1928-2013)

A Penélope Charmosa dos Mattoso Barreto

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Nisa de Queirós Mattoso Barreto tinha como lema uma frase bem conhecida dos brasileiros: "Independência ou morte". E fazer questão de dirigir seu Honda Civic vermelho até os últimos dias dos seus 85 anos de vida era uma prova desse pensamento.

Com seu inseparável carro, ia para Serra Negra, no interior paulista, passar as férias ao lado da família na Associação dos Oficiais da Polícia Militar. Foi lá também onde fez o enxoval de todos os netos, "as flores do seu jardim".

Para eles, a supervaidosa Vó Nisa, com seus olhos azuis e cabelos loiros, era a "Penélope Charmosa" da família --o apelido, no entanto, pegou até entre os amigos.

Todos os dias, ao ler a Folha, catalogava as matérias que poderiam interessar aos filhos e netos com as iniciais dos nomes de cada um deles.

Lembrava com exatidão de detalhes de quando perdeu Cristina Maria, a segunda filha, com um ano e meio, de paralisia infantil. Com sua memória invejável, Nisa contava sobre a roupa que a bebê usava e recordava até a hora do diagnóstico da doença.

Muito religiosa, ia à missa todos os domingos. Quando alguém da família estava descrente ou com dúvidas, era ela quem nunca perdia a fé e enchia todos de esperança, conta Juliana, a primogênita dos netos --ou "a primeira florzinha do jardim do meu coração", como dizia a avó.

Morreu no dia 20, de septicemia (infecção generalizada). Viúva de Ely Pedro desde os anos 1980, deixa um irmão, cinco filhos e nove netos.


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