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Loja de bijuterias vira revenda de ventiladores na zona leste

DE SÃO PAULO

Após a tarde mais quente de São Paulo desde outubro de 2012, Lee, 45, uma comerciante chinesa não teve dúvidas: renegou suas bijuterias e investiu em ventiladores.

A chinesa, que mal fala português e não quis dar seu nome completo, comprou 30 ventiladores e os colocou na frente da loja especializada em bijuterias.

A ideia de Lee deu certo. E os aparelhos chamaram mais atenção do que as fileiras de pulseiras e brincos dourados.

"Já vendemos cinco [ventiladores] hoje. Custam R$ 80", festejou a comerciante.

Lee e seu marido estão no Brasil há 20 anos. Como muitos imigrantes, eles abriram uma lojinha de produtos de marcas desconhecidas.

A loja fica na Penha (zona leste de São Paulo), bairro paulistano que, segundo a prefeitura, era o mais quente na tarde de ontem e registrava oficialmente 36,1°C.

SEM SORVETE

Na praça Micaela Vieira, também na Penha, o sorveteiro Ricardo Cunha, 41, já tinha encerrado o expediente às 14h30. Em dias normais, ele só terminaria às 17h.

"Não demorou muito e já vendi tudo hoje. Agora vou para casa descansar."

Enquanto conversava brevemente com a Folha, Cunha foi procurado três vezes por clientes frustrados, que não conseguiram comprar sorvete. "Só amanhã, minha querida", respondia.

Na mesma praça, uma pessoa destoava da paisagem de deserto que a cidade viveu.

Joaquim da Silva, 54, vestido com seu uniforme de gari desdenhava do termômetro da rua. "Trinta e seis graus é pouco para mim. Lá na minha terra, na Paraíba, isso é inverno", disse, rindo.


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