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SP triplica número de escolas com aula integral

Mesmo com expansão, só 4% da rede estadual têm jornada ampliada

Quantidade de escolas do Estado com aula o dia todo chegou a 181 neste ano; governo quer mil escolas até 2018

SABINE RIGHETTI DE SÃO PAULO

A quantidade de escolas estaduais em período integral quase triplicou neste novo ano em São Paulo. Mas elas ainda representam menos de 4% do total da rede.

O número de escolas com aulas o dia inteiro --das 7 horas às 16 horas-- passou de 69 no ano passado para 181 em todo o Estado.

Para se ter uma ideia do que isso significa, a rede pública estadual tem ao todo mais de 5.000 escolas com quase um milhão de alunos.

De acordo com o secretário de Educação, Herman Voorwald, expandir o ensino integral é algo caro e lento.

A ideia, então, é ter um número significativo de escolas públicas "de excelência" em período integral para quem quiser passar o dia na escola.

"Essa opção já existia na rede privada. Agora, existe na pública", diz o secretário.

SALÁRIOS MELHORES

Além de ter mais aulas, as escolas em período integral tem docentes especialmente selecionados que trabalham com dedicação exclusiva e que ganham 75% mais do que nas demais escolas da rede.

Eles se dividem em nove horas e meia de aula por dia (no caso do ensino médio) em disciplinas tradicionais da grade e em cursos extras como moda, empreendedorismo e orientação de estudo --que ensina o aluno a estudar.

A Folha visitou uma dessas escolas, a Alexandre von Humboldt, na Vila Anastácio, região da Lapa, zona oeste de São Paulo, e encontrou instalações de escola particular.

Mas lá a quantidade de aulas ainda não reflete positivamente em avaliações como a do Enem.

A nota média da escola é 491,3 --abaixo de 500, o rendimento é considerado baixo. A provação de verdade será neste ano, quando a escola completará uma turma inteira do ensino médio em período integral.

"Todos aqui têm ambições profissionais", conta Christian Lima, 16, que estuda na Alexandre von Humboldt e quer cursar moda.

Neste ano, cerca de 50 mil estudantes terão aula o dia inteiro na rede estadual.

Por enquanto, a demanda está menor do que a oferta. "Ainda há resistência de pais e de alunos ao ensino integral", diz o secretário.

O programa estadual começou em 2012 com ensino médio. No ano passado incluiu o fundamental 2 (dos 11 aos 14 anos). Neste ano, o fundamental 1 (dos seis aos dez anos) também ganhou aulas o dia todo.

A ideia da pasta de Educação é chegar a mil escolas em período integral até 2018.


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