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Cotidiano

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Ana Claudia Biz Martins (1964-2013)

Responsável desde pequenininha

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Renato costumava brincar que a mulher, Ana Claudia, era tão responsável que com apenas três anos de idade já negociava financiamentos com o gerente do banco.

Estava sempre preocupada com alguém, correndo de um lado para o outro. Primogênita, ainda menina sentia-se responsável por cuidar dos dois irmãos e da casa, primeiro em Botucatu, no interior, depois na capital paulista.

Queria saber como iam os familiares mesmo enquanto esteve internada nos últimos dias de vida. Sem poder falar, escrevia as perguntas.

Com sua alegria de menina, Ana tinha uma vida corrida também fora de casa. Empreendedora, montou de loja de roupas a clínica de estética após abandonar o emprego como programadora.

Foi trabalhando com computadores num banco, aliás, que conheceu o marido, então colega de trabalho e companheiro de vida desde 1988.

Uma coisa, porém, era capaz de parar a apressada Ana: frutas, preferencialmente jabuticabas. Muitas vezes, fez Renato encostar o carro na beira da estrada para comer amoras ou pitangas. Quando viajava, não deixava de visitar feiras e mercados para conhecer as variedades locais.

Há 24 anos, na primeira gravidez, descobriu ter uma doença congênita que ataca os rins, a mesma que causou a morte do pai --seus filhos também são portadores. Depois de enfrentar dois anos de hemodiálise, em 2013 conseguiu fazer um transplante.

Morreu no sábado, aos 49, devido a uma infecção nos rins. Além do marido, deixa os filhos, Renato e Gustavo, a mãe, Maria Luiza, e os irmãos.


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