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'Rolezinho' faz shopping fechar mais cedo

Encontro foi sábado no Shopping Metrô Tucuruvi; PM estima que 400 jovens participaram

RICARDO BUNDUKY DE SÃO PAULO

Centenas de adolescentes participaram neste fim de semana de um novo "rolezinho", encontro de jovens em shoppings de São Paulo ao som de funk, previamente marcados em redes sociais.

Desta vez, o encontro aconteceu no sábado à noite no Shopping Metrô Tucuruvi, zona norte. Assustados, lojistas baixaram as portas. O shopping fechou três horas mais cedo do que o normal, mas não há registro de roubos.

Segundo a PM, cerca de 400 jovens participaram.

"Percebi que os lojistas estavam apreensivos e vi que se tratava de um boato de arrastão", relatou a publicitária Cristina Vitória, 40. Segundo ela, os participantes tinham entre 12 e 16 anos.

"A maioria eram meninas que andavam nos corredores ameaçando lojas e escolhendo os artigos que possivelmente gostariam de levar. Alguns batiam palmas, outros cantavam estrofes de funk."

Policiais militares foram acionados e reforçaram a segurança do shopping.

Ciente de que o encontro aconteceria, a administração alertou previamente os lojistas. Muitos estavam com as portas semiabertas quando o grupo começou a circular. Com o início do "rolezinho", todas as lojas fecharam.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, uma adolescente de 16 anos teve uma fratura na perna, e um policial militar sofreu escoriações pelo corpo. As circunstâncias em que os dois foram feridos não foram informadas.

O shopping nega que tenha havido tumulto. Afirma que "não houve por parte dos lojistas registro de arrastão, roubo ou qualquer tipo de violência na parte interna do shopping".

Nos últimos meses, foram realizados ao menos quarto "rolezinhos" em shoppings.

Os encontros têm causado grande polêmica. Lojistas e frequentadores dizem que eles causam sensação de insegurança num ambiente antes tranquilo.

Os jovens, por sua vez, dizem que os "rolezinhos" são uma forma de diversão e protesto contra a falta de opções de lazer na periferia.


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