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Prefeitura define cortes no Orçamento até o fim do mês

Com caixa apertado, gestão Haddad terá de abrir mão de obras e investimentos

Crise foi agravada com suspensão do aumento do IPTU; cidade deve perder R$ 4,2 bilhões em investimentos

ARETHA YARAK DE SÃO PAULO

O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou ontem que as obras e investimentos que serão afetados no município por falta de verba serão definidos até o fim de janeiro.

"Depois da análise da área econômica, saberemos quais os investimentos que terão que ser rateados pela falta de arrecadação", disse.

A crise orçamentária que vive a gestão Haddad foi agravada no fim do ano passado.

Em dezembro, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou recurso da prefeitura contra a liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo que suspendeu a alta do IPTU.

O reajuste do imposto havia sido aprovado no final de outubro pela Câmara municipal e previa um aumento de até 20% para imóveis residenciais e de até 35% para os demais neste ano.

Com a suspensão do reajuste, o imposto terá apenas a correção inflacionária de 5,6%, por decreto.

A prefeitura diz que arrecadará R$ 800 milhões a menos em 2014. Com isso, a cidade perderá cerca de R$ 4,2 bilhões em investimentos, já que não poderá colocar contrapartida aos projetos financiados pela União.

"O maior prejuízo não é o que deixa de ser arrecadado, mas o que não virá da União por falta de contrapartida municipal", disse Haddad.

Em documento enviado ao STF antes da negativa, o prefeito afirmava que, sem o aumento do imposto, seria necessário abrir mão de 200 novos leitos em hospitais, 20 km de novos corredores e 40 mil vagas de creches.

Levantamento feito pela Folha mostra que 200 leitos custariam R$ 144 milhões. Os 20 km de corredores, R$ 820 milhões. As 40 mil vagas em creches, R$ 680 milhões.

CAIXA VAZIO

A área econômica do primeiro ano de Haddad teve um prejuízo de cerca de R$ 8,6 bilhões em investimentos.

O rombo nos cofres da cidade foi causado pela negativa do reajuste do IPTU, mas também por outras três derrotas políticas do petista.

Ao adiar o projeto que reduz a dívida de R$ 54 bilhões que São Paulo tem com a União, o governo federal impediu que a cidade pegasse R$ 4 bilhões em empréstimos.

Outros R$ 70 milhões foram gastos com a implementação da nova inspeção veicular, após o fim do contrato com a Controlar. A empresa, no entanto, ganhou na Justiça o direito de continuar o serviço na capital.

Após os protestos de junho do ano passado, Haddad precisou aumentar em R$ 300 milhões o subsídio para conseguir manter a passagem de ônibus a R$ 3.


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