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Haddad ampliará rodízio para periferia

Após 17 anos, restrição de veículos será levada para fora do centro expandido, abrangendo 371 km de novas vias

Medida entrará em vigor até abril e atingirá todas as grandes vias que ligam a área à região central de SP

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

A Prefeitura de São Paulo decidiu ampliar o rodízio de veículos, em vigor desde 1997.

Ontem, o secretário Jilmar Tatto (Transportes) apresentou estudo sobre a melhor forma de implantar a medida e deu prazo até abril para que ela seja colocada em prática.

A ideia é que a restrição, hoje vigente em todo o centro expandido, seja ampliada para as principais avenidas que ligam a periferia ao centro. Serão mais 371 km de vias --400 ruas e avenidas-- onde não será permitido circular nos horários de pico dependendo da placa do veículo.

Eixos importantes, como a Radial Leste e o corredor norte-sul, serão atingidos.

Segundo Tatto, o objetivo é reduzir o volume de veículos nas ruas, inclusive na periferia, e melhorar a fluidez.

"Ninguém gosta de restrição. O ideal é que não precisasse de restrição. Mas existe um fato concreto que é a dificuldade de transitar na cidade, pelo excesso de veículos."

O estudo, da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), aponta que a ampliação trará ganho de 8,5% na velocidade média do trânsito paulistano e redução de 13% no índice de lentidão.

A primeira versão do estudo, do ano passado, propunha levar a restrição a menos vias: 240 km. A análise acabou refeita, a pedido do prefeito Fernando Haddad (PT), com a inclusão de toda a extensão de grandes avenidas.

Apesar de menos rígida, a versão inicial apontava benefícios maiores --aumento de 15% na velocidade e redução de 20% na lentidão. A CET diz que a diferença ocorre porque foram usados no estudo novos modelos virtuais, para que ele representasse melhor a dinâmica do trânsito com as novas faixas de ônibus.

Segundo Tatto, a mudança pode ser implementada por meio de decreto, já que a lei que criou o rodízio não especifica suas regras.

A proposta será levada ao Conselho Municipal de Trânsito e Transportes, órgão apenas consultivo e presidido por ele, para aprovação.

"Se o conselho for contra, vamos pensar duas vezes antes de implantar. Não tem que ter açodamento, não é problema só de uma administração. Depois que implanta nunca mais tira, é difícil acabar. Vamos fazer com calma."


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