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'Favelinha' erguida na cracolândia será retirada na quarta

Desmonte de barracos será feito pelos moradores com a ajuda da ONG União Social Brasil Gigante

Todos serão indicados a hotéis do entorno; projeto pagará ainda R$ 15 para cada usuário por dia trabalhado

ARETHA YARAK DE SÃO PAULO

A "favelinha" da cracolândia já tem data para acabar. O desmonte dos mais de 180 barracos erguidos na calçada da alameda Dino Bueno com a rua Helvétia está previsto para ocorrer na quarta-feira.

De acordo com o projeto da prefeitura, cada usuário deverá desmontar seu próprio barraco, conforme for indicado para uma das 400 vagas em três hotéis do entorno.

O processo será acompanhado de perto pela ONG União Social Brasil Gigante, que confirmou a data de desmonte dos barracos. A prefeitura não confirma nem nega.

O convênio com a entidade foi publicado na sexta-feira pelo Diário Oficial' do município. Ele prevê que ela seja responsável por implantar e desenvolver o Programa Operação Trabalho, que tem orçamento previsto em mais de R$ 3,6 milhões.

"Nosso convênio com a prefeitura é para gerir o projeto. Uma vez que a prefeitura decida algo, intermediaremos essa ação", diz Carlos Alberto de Souza, diretor financeiro da ONG.

De acordo com Souza, as 400 vagas já estão reservadas em três hotéis e pousadas da região. O valor da diária não foi divulgado.

O programa municipal prevê ainda o pagamento de R$ 15 por dia aos usuários em troca de quatro horas de trabalho, mais duas horas de requalificação profissional. Poderão participar do programa de trabalho apenas aqueles em tratamento médico.

A Folha apurou que os moradores da "favelinha" têm conhecimento que o desmonte será feito na quarta. Alguns já sabem até para qual pensão serão encaminhados.

O clima no local é de apoio ao programa da prefeitura, o que indica que a ação deve ocorrer de maneira pacífica.

Desde a última semana, agentes da prefeitura cadastram e numeram os barracos. "Na quarta, vamos trabalhar com os moradores dos barracos, não com os usuários flutuantes", diz Souza.

INQUÉRITO

Na terça, o Ministério Público Federal abriu inquérito civil público para apurar que providências o poder público está tomando na região.

"Instauramos esse inquérito após uma demanda da sociedade civil, que entende que o Estado não sabe o que fazer com o problema", diz Pedro Antônio de Oliveira Machado, procurador regional dos Direitos do Cidadão e responsável pelo caso.

No fim do ano passado, o procurador visitou a cracolândia com uma câmera escondida e presenciou menores consumindo crack.


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