Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Maximiano Max de Figueiredo Portes (1944-2014)

O reservado e plural escritor Maxs

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

O pequeno Maximiano não gostava de escrever, apesar dos incentivos da tia, professora de português. Seu talento para a literatura, porém, era nato, e aos oito anos tirou o primeiro lugar em um concurso de redação na escola.

Ao longo da vida, foram 54 prêmios, alguns nacionais, como o Ferreira Gullar de Poesia, de 1979, com "Bendições".

Publicou 48 livros, entre romances, contos, novelas, poesias e infantojuvenis. Era um escritor plural, por isso, dizia, virou Maxs, com "s" no final.

Sua terra natal, Caratinga, no interior mineiro, exerceu muita influência sobre suas histórias e personagens. Membro da academia de letras da cidade, escreveu "Memórias da Casa de Dentro", que narra trechos de sua vida e de alguns conterrâneos.

Formado em produção editorial e artes gráficas, cuidava pessoalmente da diagramação de suas obras e por um tempo teve sua própria editora. Também editou publicações culturais e colaborou com jornais e revistas.

Nas horas de folga, calmo e reservado que era, gostava de pescar, hobby que adquiriu ainda na infância. Deixou uma casa cheia de filmes e com cerca de 3.000 vinis.

Há três meses, Maxs foi diagnosticado com câncer de pulmão, mas a família preferiu não contar a ele sobre a doença. Por causa de uma metástase que atingiu o cérebro, parte do corpo estava paralisado e a lucidez havia sido prejudicada. Morreu no domingo (5), aos 69 anos.

Deixa Glória, sua companheira por 24 anos, Renan e Thaís, filhos de um casamento anterior, as "novas filhas", as cachorras Petit, Mide e Yuca, e 35 obras inéditas.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página