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Chuva causa 10 mortes no interior e no litoral de SP
Oito das vítimas estavam em Itaóca, onde rio transbordou e derrubou casas
Sem luz e sem água, cidade decretou calamidade; outras vítimas estavam em Ilha Solteira e Guarujá
Ao menos dez pessoas morreram no Estado de São Paulo entre a tarde de domingo e a tarde de ontem em razão das chuvas.
Oito das mortes ocorreram em Itaóca, a 347 km da capital paulista, após o rio Palmital transbordar e derrubar casas pela cidade.
Outra morte foi em Ilha Solteira, distante 672 km da capital, depois que um vendaval derrubou uma árvore. Informações das vítimas não foram divulgadas.
Em Itaóca, com cerca de 3.000 habitantes, há ao menos 12 desaparecidos. Cerca de cem casas do município tiveram que ser desocupadas.
A cidade está sem abastecimento de água e energia elétrica, além de ter o acesso dificultado devido à queda de três barreiras. Por causa disso, decretou estado de calamidade pública.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu ir ontem ao local acompanhar o trabalho da Defesa Civil.
Materiais de ajuda humanitária já foram disponibilizados pela Defesa Civil para ser encaminhados à cidade, como água mineral, mantimentos e kits de primeiros-socorros. Um posto de atendimento foi montado numa escola do município.
Segundo o órgão, a cidade vizinha de Apiaí também foi atingida pelas chuvas e 50 casas foram afetadas pela cheia.
A previsão é que pancadas de chuvas atinjam as cidades com intensidade moderada a forte no dia de hoje.
A prefeitura e a Defesa Civil estão trabalhando para liberar as vias da cidade bloqueadas pela lama, entulhos de casas e árvores.
Uma equipe do Instituto Geológico também foi encaminhada ao local para avaliar risco de deslizamentos.
O Corpo de Bombeiros criou uma força-tarefa para ajudar a cidade, com cinco carros, quatro cães farejadores e 15 homens, para ajudar a encontrar e resgatar vítimas da tempestade.
RAIO
Em Guarujá, no litoral, um raio matou uma mulher de 36 anos na tarde de ontem.
Ela estava no espelho d'água e a cerca de 50 metros de um posto do Corpo de Bombeiros, na praia da Enseada, quando foi atingida.
Segundo os bombeiros, um salva-vidas fez avisos sonoros e visuais para que os banhistas deixassem a praia quando a tempestade caiu.