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Zélia Tellaroli Narvaez Zamora (1935-2013)

A enfermeira e o equatoriano

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Vinda de uma família muito humilde de Araraquara, no interior paulista, Zélia fazia de tudo e mais um pouco para economizar durante a faculdade de enfermagem na USP e logo após se formar.

No almoço, comia em uma pensão que oferecia pratos bem baratos, ao lado de muitos imigrantes sem dinheiro e recém-chegados ao país.

Um deles, o equatoriano Claudio Narvaez Zamora, começou a puxar conversa, e da amizade nasceu um relacionamento que durou 47 anos.

Zélia tornou-se fluente em espanhol e visitou a terra natal do marido por diversas vezes. Gostava demais do país, mas nunca pensou em trocar São Paulo pelo Equador.

Aqui, trabalhou em vários hospitais, incluindo o Samaritano, onde foi gerente administrativa e chefe de cirurgia da área de enfermagem até sua aposentadoria.

A partir de então, dedicou-se ao trabalho social. Aprendeu a fazer tricô e crochê e passava os dias confeccionando roupinhas de bebês e outras peças de roupas, que depois eram doadas ao Asilo São Vicente de Paula e à Casa Betânia, ambos de Araraquara, e também ao Hospital de Câncer de Barretos.

Nas horas de folga, ouvia muita música e até se arriscava a cantar MPB --segundo a família, era muito afinada. Também gostava de acompanhar novelas e não perdia um jogo do Corinthians, seu time.

Morreu em 14 de dezembro, aos 78, de câncer. Deixa Claudio, irmãos e sobrinhos.


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