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Nivaldo Soares da Silva (1959-2014)

Cozinheiro de mão-cheia, aprendeu tudo sozinho

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Quem provava da comida de Nivaldo Soares da Silva não podia acreditar que o paraibano nunca havia aperfeiçoado seu talento com, no mínimo, um chef de cozinha.

Seu instinto para misturar aromas e sabores foi o que conquistou a família de Dora Pascowitch. Por quase três décadas, foi o responsável pelas refeições da casa, que mudou de lugar duas vezes e que ele sempre acompanhou.

Conhecia o gosto culinário de cada um dos filhos e netos da patroa, que toda semana participavam de animados almoços de domingo.

Muito teimoso, não queria que ninguém passasse nem perto das panelas. Sua especialidade era o curry de frango --melhor que o prato de qualquer restaurante indiano, ressalta a família.

Por seis anos, Nilvado trabalhou como faxineiro em edifícios de São Paulo, antes de fazer o mesmo serviço na casa da família Pascowitch. Rapaz dedicado, logo "subiu" de função: foi copeiro e, depois, chegou à cozinha, onde conquistaria de vez o carinho de todos os moradores.

Voltava todos os dias para dormir em sua casa, ao lado da mulher, Lúcia, com quem era casado desde 1987, e das filhas, Mônica e Michelle.

Apesar de sério em seus afazeres, Nivaldo vivia com um sorriso no rosto. Era doce e simples ao conversar com as pessoas, sem perder o carregado sotaque nordestino.

Sonhava passar a aposentadoria em sua terra natal, de onde saiu com apenas 18.

Morreu na sexta-feira (10), aos 54 anos, de embolia pulmonar. Deixa a viúva, as filhas e sua "segunda" família, a de Dora Pascowitch.


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