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Jovens atacam posto e mercado após PM dispersar baile funk

Garotos promoveram saques e depredação e agrediram funcionários na Penha, zona leste de SP; ninguém foi preso

Rapaz acionou bomba de combustível e tentou atear fogo; moradores dizem que PMs foram atacados com rojões

FELIPE SOUZA DE SÃO PAULO

Jovens promoveram arrastões, com saques e depredação, anteontem à noite, depois de a Polícia Militar interromper um baile funk na Penha, zona leste de São Paulo. Ninguém foi preso.

Os ataques foram contra um hipermercado Extra e um posto de combustível.

O baile, marcado por redes sociais, começou às 16h e reuniu cerca de 2.000 pessoas --segundo estimativa da PM-- na rua Pedro Marques.

Às 21h30, uma equipe de policiais chegou ao local para atender a uma ocorrência de perturbação do sossego.

Moradores da região ouvidos pela Folha, que pediram para não ser identificados, relataram que os funkeiros jogaram garrafas e soltaram rojões contra os policiais, que revidaram com bombas de gás e tiros de borracha.

Após a polícia dispersar com o baile, um grupo correu em direção ao Extra. A fachada foi depredada e mercadorias de quiosques, no piso térreo, foram saqueadas.

"Eles sabiam quais eram as joias mais caras e levaram todas. Eu tinha peças de até R$ 500, mas ainda não tenho noção do prejuízo", afirmou Ivone Gonçalves, dona de uma dessas lojas.

A cerca de 100 m dali, outro grupo levou produtos como uísque e energéticos da loja de conveniência de um posto Petrobras. Dois frentistas foram agredidos e assaltados.

A atendente Caliane Alves dos Santos, 29, tinha acabado de fechar a loja. "Eles derrubaram a porta de vidro para pegar tudo o que era caro e podiam carregar. No caixa havia ao menos R$ 3.000. Só deixaram as moedas de R$ 0,05 e R$ 0,10. Até a minha bolsa com documentos levaram."

Um jovem acionou a bomba de combustível, despejando-o no chão, e tentou atear fogo, mas não conseguiu.

Os moradores dizem que os bailes ocorrem há dez meses e se queixam que são "prisioneiros em suas casas".

Uma praça na via vira palco para competições sobre qual veículo tem o sistema de som mais potente. Os hits são de funk ostentação --falam de mulheres, carros de luxo e roupas caras.

Em maio, o prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou lei que proíbe som alto nas ruas vindo de carros e aparelhos. No último dia 8, ele vetou lei aprovada na Câmara que proibia bailes funk nas ruas.

Veja vídeo do arrastão no posto de combustível

folha.com/no1400367


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