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'Sô Bento', mecânico autodidata

Bento Celestino (1926-2014)

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Como mecânico de manutenção, Bento Celestino acompanhou de perto parte da história do transporte ferroviário, de cargas e de passageiros, no interior paulista. Entre os colegas, destacava-se pelo talento na confecção de peças e no trabalho no torno.

A partir dos anos 1960, para incrementar a renda da família, passou a fazer serviços extras à noite. Além dos trens, cuidou da manutenção de impressoras offsets de jornais.

Aos quatro netos engenheiros transmitiu seus conhecimentos da profissão, que aprendera sozinho, sem nunca ter frequentado nem um curso profissionalizante.

"Sô Bento", como alguns o chamavam, participava ativamente da loja maçônica 1º de Agosto, de Bauru, cidade onde passou a maior parte da vida. Todo fim de ano, fazia questão de levar a família ao jantar festivo da maçonaria.

Sempre bem-humorado, adorava uma boa anedota, mesmo se fosse de português, nacionalidade de seu pai.

Cuidava sozinho da mulher, a espanhola Sarah, de saúde frágil. Há poucos meses, no entanto, foi diagnosticado com câncer no sangue.

Morreu no último dia 9, aos 87 anos. Deixa a viúva, com quem foi casado por 67 anos, as filhas, Maria Elisa, Carmen Sílvia e Maria Cristina, oito netos e quatro bisnetos.

Já debilitado e delirando, Bento contava sobre viagens a Portugal, que nunca conseguiu fazer. Seu sonho era conhecer a terra natal do pai.


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