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Cotidiano

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Prejuízo com ataques a ônibus pode chegar a R$ 8,5 milhões

Em média, veículos custam R$ 500 mil, mas podem atingir R$ 1 milhão, dependendo do modelo

Maior prejudicado é o passageiro, pois casos elevam custo do sistema, diz sindicato de empresas

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

A periferia de São Paulo vive uma onda de incêndios em ônibus municipais. Já foram queimados total ou parcialmente 21 veículos neste ano, a mesma quantidade registrada em todo o primeiro semestre do ano passado.

A maior parte dos incêndios é motivada por protestos de causas variadas, desde enchentes até o desparecimento de crianças.

Os últimos ataques ocorreram anteontem no Capão Redondo (zona sul) e no Itaim Paulista (zona leste). No primeiro bairro, quatro veículos foram queimados em meio a protestos contra enchentes.

No segundo, outros dois foram incendiados, um deles parcialmente, durante outro protesto contra alagamentos.

Em todos os casos deste ano, os ataques são semelhantes. Um grupo para o veículo, ordena que motorista, cobrador e passageiros desembarquem, espalham combustível e ateiam fogo.

Até agora, segundo a Prefeitura de São Paulo, ninguém ficou ferido. Também não houve prisões.

No ano passado todo, a SPTrans registrou 65 incêndios em veículos. A maioria ocorreu região do Itaim Paulista e Guaianases, zona leste.

CUSTOS

O maior prejudicado nos ataques, acredita o SPUrbanuss (sindicato das empresas de ônibus), são os próprios passageiros. Isso ocorre, diz a entidade, porque a substituição dos veículos destruídos eleva o custo do sistema.

O valor médio de um ônibus é de R$ 500 mil, mas o preço varia conforme o modelo --um veículo biarticulado pode chegar a R$ 1 milhão.

Considerando o valor médio, os incêndios em ônibus que resultaram em perda total causaram um prejuízo de cerca de R$ 8,5 milhões.

REPERCUSSÃO

Em nota, o SPUrbanuss disse lamentar os ataques e afirma que "muitos deles não estão relacionados com o setor de transporte e sim a meros e simples atos de vandalismo e bandidagem".

Para o órgão, a onda de ataques em protestos ocorre devido à grande repercussão dos incêndios.

O sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus diz também se mostra preocupado com o aumento dos casos.

No fim do ano passado, a Secretaria da Segurança Pública fez reunião com o setor para estudar medidas a serem tomadas em relação aos incêndios, mas nenhuma ação foi anunciada.

OUTROS CASOS

Outros incêndios em ônibus também ocorreram em meio a protestos.

Em Lajeado (zona leste), na divisa com Ferraz de Vasconcelos, três ônibus foram incendiados na noite de segunda e madrugada da última terça-feira. Eles não estavam em operação.

Segundo moradores, os ataques foram um protesto contra o atropelamento de um motoqueiro por um ônibus ocorrido no dia anterior.

Na semana passada, após um córrego transbordar em Americanópolis (zona sul), um grupo de quatro pessoas --duas armadas-- entrou em um ônibus que estava parado por causa da enchente, ordenou que todos saíssem, e ateou fogo no coletivo.

No Itaim Paulista (zona leste), dois ônibus foram incendiados após o desaparecimento de uma menina de 12 anos. A polícia apura o caso.


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