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Apoio a vítimas do incêndio da boate Kiss pode durar dez anos

Sobreviventes da tragédia e famílias pedem que atendimento médico e psicológico se estenda

Cidade mantém esquema de apoio a mais de 600 pessoas envolvidas na tragédia, que completa um ano

Contratações de médicos, milhares de atendimentos psicológicos e um acompanhamento quase diário de vítimas. Santa Maria mantém um amplo esquema de apoio aos mais de 600 sobreviventes da tragédia da boate Kiss, há exatamente um ano, que deixou 242 mortos.

O hospital da Universidade Federal de Santa Maria foi escolhido como sede de um ambulatório permanente para atender os atingidos.

O trabalho deve se estender pelos próximos anos --a associação de familiares defende que seja mantido por pelo menos uma década.

A sobrevivente do incêndio Kelen Ferreira, 20, há pouco tempo tossiu secreções pretas, possivelmente da fumaça aspirada na boate.

"Muitas vezes isso não aparece nos exames. Por isso, eles precisam ser acompanhados por anos", diz a fisioterapeuta Ana Lúcia Prado.

Em 2013, o Hospital Universitário contratou de modo emergencial nove médicos e outros 17 profissionais de saúde para atuar no Centro de Atendimento às Vitimas de Acidente. O centro atendeu cerca de 1.100 pessoas afetadas pela tragédia.

O ambulatório também conta com um serviço de atendimento psiquiátrico que já recebeu 134 pacientes.

Gustavo Riet, 35, que quebrou paredes da boate com uma marreta no resgate, precisou de atendimento psicológico e psiquiátrico. "Eu não conseguia dormir à noite. As memórias vinham sempre."

Até o meio do ano passado, segundo a associação de famílias, havia problemas no acompanhamento, como falta de remédios.

"Santa Maria não tinha uma estrutura preparada para uma tragédia deste porte. Todo o sistema foi construído decorrente dela", diz Volnei Dassoler, coordenador do atendimento psicossocial do município.


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