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Lydia Alimonda (1917-2014)

Pianista dedicada à música clássica

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

No último mês de vida, Lydia Alimonda só se alimentava por sonda e precisava de ajuda para levantar da cama. Mas, sentada na cadeiras de rodas, em frente ao piano, instrumento que a acompanhou desde os cinco anos, ainda ensinava um de seus alunos.

Lydia teve uma vida dedicada à música clássica. Nos anos 1940 e 1950, apresentou-se como solista no Brasil, nos EUA e na Europa, divulgando o trabalho de compositores brasileiros como Claudio Santoro, Camargo Guarnieri e Heitor Villa-Lobos.

Na década seguinte, foi coordenadora do departamento cultural do Consulado Geral da Áustria e, em 1970, fez parte da comissão que criou o Festival de Inverno de Campos do Jordão, em São Paulo.

Descobriu o talento para o piano influenciada pela mãe, que incentivava os filhos a tocar --um irmão, Heitor, também era pianista e uma irmã, Altea, violinista.

Após ganhar um concurso organizado pelo maestro Luigi Chiaffarelli, passou a ter aulas com Agostino Cantù, conhecido por ter formado dezenas de pianistas pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Aos 12 anos, Lydia vinha sozinha de trem de Araraquara, no interior, à capital paulista para estudar.

Mais tarde, foi aluna de renomados professores em Nova York, Zurique e Viena.

Nas horas de folga, gostava de desenhar, jogar baralho e se reunir com a família.

Morreu na quarta-feira (22), aos 96 anos. Viúva do suíço Arnold Haller, deixa os filhos, Robert e Elizabeth, cinco netos e quatro bisnetos --a mais velha já segue os passos da bisavó.

coluna.obituario@uol.com.br


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