Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Motorista que derrubou passarela no Rio falava ao celular

Ele disse à polícia que, por isso, não percebeu que caçamba de caminhão estava levantada; quinta vítima do acidente morreu ontem

LUCAS VETTORAZZO DO RIO

O motorista do caminhão que bateu e derrubou uma passarela na Linha Amarela, no Rio, falava ao celular na hora do acidente que matou cinco pessoas e deixou outras quatro feridas.

A quinta vítima, Luiz Carlos Guimarães, 70, que foi resgatado com vida de um dos carros esmagados pela passarela, morreu ontem de manhã. O estado de saúde dos outros feridos é estável.

Em depoimento à polícia, o motorista Luiz Fernando da Costa, 33, disse que estava ao celular e que por isso não percebeu que o equipamento que levanta a caçamba do caminhão tinha sido acionado.

Costa, que está internado, contou ao delegado Fábio Asty que falava com um colega de empresa, cujo filho estaria desaparecido. "Ele admitiu, em depoimento formal, que estava ao celular quando entrou na Linha Amarela e só cessou a ligação quando o veículo colidiu com a passarela", disse Asty.

O telefone passará por perícia para confirmar a informação. Dirigir ao celular é infração média e dá multa.

Além disso, Costa trafegava na Linha Amarela em horário proibido para caminhões e, segundo a polícia, estava a 85 km/h em uma pista onde o máximo é 80 km/h.

Costa pode ser indiciado por cinco homicídios culposos (sem intenção de matar) e quatro lesões corporais culposas. O homicídio culposo no trânsito prevê pena de até quatro anos de detenção e a lesão, até dois.

O motorista só poderia ser indiciado por dolo eventual (quando se assume o risco de conduta que possa levar à morte de alguém) se soubesse que a caçamba estava içada e continuasse a trafegar.

Como Costa diz que não sabia, o caso será configurado como imperícia ou imprudência. A imprudência não aumenta a pena.

Segundo Asty, o caminhão teria passado por uma manutenção recente na caixa de marchas, próxima ao mecanismo que aciona a caçamba.

A possibilidade de falha mecânica, disse o delegado, reduziria em parte a responsabilidade do condutor, mas não o exime da culpa por estar ao celular. Ontem à tarde, taxistas fecharam por 15 minutos uma pista no local do acidente, em homenagem ao colega de profissão Alexandre Almeida, um dos mortos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página