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Cotidiano

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Manifestante correu atrás de PM antes de ser baleado

Cena ocorreu durante perseguição de policiais ao rapaz, gravada em vídeo

PM alega que o jovem tentou agredi-lo com estilete durante fuga, mas não é possível dizer se rapaz levava objeto

HELOISA BRENHA PEDRO IVO TOMÉ DE SÃO PAULO

Imagens de uma câmera de segurança mostram parte inédita da ação que terminou com o manifestante Fabricio Chaves, 22, baleado pela Polícia Militar após protesto contra a Copa, no sábado.

Na gravação, o jovem aparece correndo atrás de um policial no posto de gasolina na esquina das ruas da Consolação e Sergipe, em Higienópolis, depois de ser perseguido pelos policiais.

No boletim de ocorrência, os PMs alegam que foram atacados por Fabrício duas vezes: no posto de gasolina e na rua Sabará, logo depois, quando balearam o rapaz.

Na versão dos policiais, o jovem portava um estilete. Mas nas imagens não é possível dizer se Fabrício tinha algum objeto nas mãos.

O vídeo tem um minuto e começa com o jovem correndo na rua da Consolação, perseguido pelos policiais.

Poucos depois, mostra Fabrício correndo atrás de um dos policiais e sendo perseguido por outros cinco.

Ao passar pelas bombas de gasolina, o PM que estava à frente de Fabricio se distancia do rapaz, que acaba seguindo pela rua Sergipe.

Os PMs dizem que, próximo ao posto, Fabricio sacou uma lâmina e se voltou contra um dos policiais (tenente Torres), obrigando-o a buscar abrigo no estabelecimento.

Pouco depois, na Sabará, o jovem foi atingido no ombro e na virilha por disparos de dois dos policiais que o perseguiam, um deles Torres.

Para analistas, mesmo que o jovem tenha atacado os PMs, a reação deles, que estavam armados, foi desproporcional.

O vídeo mostra que seis PMs participaram da ação. No BO, só quatro são citados.

Eles são do setor administrativo da PM e foram destacados para reforçar a segurança do ato.A corporação diz ser comum a participação desses policiais em grandes eventos. Segundo a PM, eles são submetidos a uma atualização anual antes de ir para as ruas.

A Secretaria da Segurança Pública disse que os policiais envolvidos não atuarão nas ruas até o fim da apuração.

O jovem está internado na Santa Casa. Segundo o hospital, ele perdeu um testículo e pode ter os movimentos do braço direito prejudicados.

Em depoimento, Fabricio disse ter sacado um estilete em legítima defesa após levar um tiro. Os PMs também alegam que se defenderam, disparando depois de Fabrício tentar atacá-los.

O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, disse que "tudo será considerado" no inquérito do caso.


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