Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Honorina Ascári Ulian (1909-2014)

Recebeu do sogro o dom de benzer

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Quando José Ulian decidiu passar seu dom de proteger as pessoas com benzeduras, escolheu a nora, Honorina, para seguir com a missão.

Com galhos de arruda e orações, ela ajudou de crianças a idosos até o final da vida. Era uma das mais famosas benzedeiras de Monte Alto (SP), onde foi morar após se casar com João, em 1929.

Quem mais visitava sua casa eram mães com bebês ou crianças. Preocupadas, pediam rezas contra mau-olhado, quebranto ou cobreiro.

Dona Norina era devota de Nossa Senhora Aparecida e de Menina Izildinha, a quem os moradores de Monte Alto atribuem milagres e curas.

Dizia que, às vezes, via a garota ao seu lado durante as rezas e que, por meio dela, alcançou sua primeira graça. Desesperada ao ver que o neto Luizinho, de apenas dez dias, não respirava durante o banho, Honorina contava que pediu a intervenção do "Anjo do Senhor" e foi atendida.

Era muito caseira e adorava receber visitas, conversar e cuidar do lar. Filha de italianos, fazia um capeletti maravilhoso, diz a família, desde a massa até o recheio.

Nos últimos anos, estava com dificuldades para enxergar e andar, mas continuou lúcida até o final da vida.

Morreu na segunda-feira (27), enquanto dormia, aos 104 anos. Ficou viúva depois de 65 anos de casamento e teve quatro filhos --um já é falecido--, dez netos, 15 bisnetos e uma trineta.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página