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Mamografia poderá ser feita em SP sem receita

Medida do governo é polêmica, afirma CRM

CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO

As mulheres entre 50 e 69 anos poderão fazer exame de mamografia no SUS sem pedido médico em São Paulo.

O exame deverá ser agendado no mês do aniversário da paciente. O objetivo, segundo o governo do Estado, é ampliar o acesso aos exames na rede pública e incentivar a detecção precoce do câncer de mama.

A medida, porém, é polêmica. Segundo o CRM (Conselho Regional de Medicina), a mamografia é um exame complementar, que deve ser feita após anamnese (entrevista com a paciente) e exame clínico feito pelo médico.

Estudos também apontam que a mamografia pode dar resultados falso-positivos (que podem levar a biopsias e outros procedimentos desnecessários) e falso-negativos, que podem atrasar o diagnóstico e tratamento do câncer.

"Os resultados precisam ser interpretados e investigados por um médico", afirma Renato Azevedo Júnior, secretário do Cremesp (Conselho Regional de Medicina).

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, caso seja detectada alguma alteração no exame ou indícios de câncer, a paciente será encaminhada a um serviço de referência do SUS para fazer exames complementares, acompanhamento ou tratamento.

Em 2014, informa a pasta, a iniciativa atenderá as mulheres que tenham nascido em anos pares ou aquelas nascidas em anos ímpares que estejam há mais de dois anos sem fazer o exame.

As aniversariantes de janeiro e fevereiro deverão contatar a secretaria até o fim do mês, por meio de um call center que ainda será criado. As demais deverão agendar as consultas no mês dos seus aniversários.

A previsão é de que as mulheres façam o exame em até 45 dias após o agendamento.

Em 2015 será a vez das mulheres que nasceram em anos ímpares. Serão 12 mil mamografias a mais por mês, segundo o governo.

"Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de sucesso no tratamento", afirma o secretário da Saúde, David Uip, em nota divulgada pela assessoria da pasta.


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