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Prefeitura diz ter cortado exagero e mantido qualidade
DE SÃO PAULOO secretário municipal de Educação, Cesar Callegari, afirmou que a mudança na lista de materiais foi feita para "evitar desperdícios".
Ele disse também que os alunos não serão prejudicados, pois receberão materiais em quantidade suficiente, e que as escolas terão ainda itens adicionais a serem usados em caso de necessidade.
"Temos fortes indícios de que havia desperdício de material. Não fizemos uma pesquisa aprofundada, mas esse é o relato de diversos educadores. Eu mesmo já vi caderno do aluno na mão de perueiro", disse Callegari.
Anteontem, a secretaria prometeu que enviaria a explicação técnica para cada alteração na lista. O estudo, porém, não foi encaminhado.
Em relação aos anos iniciais do ensino fundamental, em que foi cortado o caderno universitário, a secretaria informou em nota que os alunos receberão outro tipo de caderno (o "brochurão", já enviado nos anos anteriores).
Afirmou também que os estudantes terão, para uso "individual e coletivo", pincéis, colas e tinta guache, além das canetas --itens que foram cortados do kit do aluno.
Sobre a redução de itens para as crianças no ensino infantil, a prefeitura afirma que seguiu recomendação do Ministério Público de transferir itens enviados às famílias para o kit da escola, como forma de "proteção" aos jovens.
As crianças recebiam, por exemplo, massa de modelar, tintas e pincéis.
Sobre a economia de recursos com a compra, a pasta afirmou que a obteve por ter comprado itens a partir da cotação (ata) feita previamente pelo Ministério da Educação. Até então, a prefeitura usava sua própria cotação.
Em resposta à afirmação de que havia desperdício, o secretário de Educação da gestão Kassab, Alexandre Schneider, disse que "investir na criança não é desperdício". Segundo ele, as escolas pediam até mais materiais. (FT)