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Munir Zalaf (1926-2014)

Deixou o teatro de Bibi Ferreira por amor

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Na década de 1950, a companhia de teatro de Bibi Ferreira contava com a participação do galã Munir Zalaf, um paulista conversador. Mas não por muito tempo.

Ao ouvir que a ex-namorada (e grande amor de sua vida) estava sendo cortejada por um filho de fazendeiro, o rapaz voltou correndo para Piratininga, no interior de SP.

O problema maior, no entanto, era o ex-sogro, que não gostava de atores. Para conceder a mão da filha, foi taxativo: "É ela ou o teatro". Munir ficou com Zuleika.

A paixão pelas artes cênicas, porém, ele nunca abandonou. O tempo passado no Rio dominava suas histórias favoritas, geralmente contadas longe da mulher, que sentia um certo ciúme de Bibi, apesar de o marido nunca mais ter visto a atriz.

Afastado do tablado, trabalhou na área administrativa das empresas Tilibra e Plasútil e no Grupo Votorantim.

Matou as saudades da antiga profissão ao fazer alguns comerciais de TV e um filme.

Em Bauru (SP), onde morava há 35 anos, ficou conhecido por seus livros. Era membro da academia de letras da cidade e ocupou a presidência da entidade por pouco mais de uma década.

A última obra, "Retratos do Tempo - Os Caminhos que Meu Pai me Deixou", encomendado pelo centro espírita do qual participava, foi lançado sem sua presença, devido à saúde debilitada, por causa de um linfoma --ele, porém, não sabia da doença.

Morreu na quinta-feira (6), aos 87 anos. Viúvo de Zuleika, teve um segundo relacionamento, do qual se separou. Deixa os filhos, Munir e Mariú, e os netos, Bianca e Lucas.

coluna.obituario@uol.com.br


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