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Julgamento do massacre do Carandiru é cancelado

Sessão foi suspensa após defesa abandonar o júri

DE SÃO PAULO

Em um dia que parecia tender para a acusação, o advogado de 15 policiais militares acusados de matar oito presos no terceiro andar do Carandiru, no massacre de 1992, abandonou ontem o júri, o que causou o seu cancelamento.

Celso Vendramini alegou que o juiz Rodrigo Tellini Camargo estava sendo "parcial". O magistrado não falou com a imprensa. Era o segundo dia de julgamento. Uma nova data será marcada, com novos depoimentos e novos jurados.

O defensor deixou o júri enquanto o coronel Arivaldo Sérgio Salgado, comandante da tropa do Comando de Operações Especiais que atuou no massacre e é réu no processo, era interrogado pela Promotoria. O oficial relatava a operação no pavilhão 9.

A acusação lia trechos de um depoimento de Salgado, dado 20 dias após o massacre, em que ele afirmava não ter visto presos mortos no térreo, informação que contradizia uma testemunha de defesa ouvida pela manhã.

A testemunha, um agente penitenciário, dissera ter visto cerca de 50 mortos ali antes da entrada da polícia.

O advogado mostrou-se irritado quando o promotor leu trechos do depoimento antigo e pediu ao juiz que o interrompesse. Camargo não acatou. Vendramini, então, retirou-se.

"Estou abandonando o plenário em protesto a esse tipo de inquisição", disse.

O advogado negou que sua saída tenha sido estratégica.

O julgamento do massacre está sendo feito em etapas. Esse era o terceiro júri. Em 2013, 48 PMs foram condenados. Eles recorrem em liberdade. A data da quarta etapa, marcada para 17 de março, está mantida. (MARINA GAMA CUBAS E REYNALDO TUROLLO JR.)


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