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Comerciante atropela 7 na Vila Madalena

Motorista atingiu grupo na esquina das ruas Fidalga e Aspicuelta após desfile de blocos pré-carnavalescos

Agredido por pessoas que estavam no local, condutor teve de ser escoltado pela PM e se refugiar em uma loja

REYNALDO TUROLLO JR. DE SÃO PAULO JOSMAR JOZINO DO "AGORA"

Um comerciante em uma Pajero atropelou sete pessoas ontem à noite na esquina das ruas Fidalga e Aspicuelta, na Vila Madalena (zona oeste). As vítimas comemoravam o Carnaval bebendo e dançando na rua, que estava lotada.

O número de atropelados, informado pela Polícia Militar, pode mudar, porque depende da apresentação de queixas à delegacia.

Após o atropelamento, os foliões tentaram linchar o comerciante, que teve que se refugiar em uma loja, sob proteção de policiais. A mulher dele, que estava no banco do carona, também disse ter sido agredida.

A Pajero foi completamente destruída pelos foliões, que se indignaram com o motorista. Quebraram todos os vidros e entortaram todas as portas do veículo.

Sulivan de Oliveira, 26, compareceu para depor ao 14º DP (Pinheiros) com a cabeça enfaixada. Ele contou que levou pontos na cabeça e nas mãos devido às agressões e a uma garrafada.

O comerciante tentou se proteger dentro do carro, mas as pessoas o arrancaram do veículo pela porta do carona.

O acidente ocorreu por volta das 19h20. Até conclusão desta edição, o caso não havia sido registrado pela Polícia Civil e tampouco o motorista havia feito exames que poderiam indicar se ele tinha bebido. A Polícia Civil também não havia decidido se Oliveira ficaria detido ou não.

As informações sobre como a confusão começou são divergentes. Segundo Luana Siqueira, 29, mulher de Oliveira, os dois estavam em um bloco de carnaval quando, por motivos familiares, precisaram sair às pressas.

Pessoas que estavam na rua teriam impedido a passagem do carro e batido na lataria do veículo. Por isso, Oliveira teria se assustado e acelerado, causando o acidente.

"Tentaram quebrar meu carro e me linchar. Acelerei para fugir da multidão", disse o motorista.

Segundo testemunhas, porém, o motorista demonstrava estar muito apressado, passou para a contramão na rua Fidalga na tentativa de desviar de uma fila de carros que esperava as pessoas liberarem a via. Na sequência, ele discutiu com as pessoas na rua e acelerou de propósito sobre o grupo.

"A rua estava lotada, mas os carros estavam passando devagar. Ele não quis esperar e veio na contramão", relatou Tiago Tavares, 37.

"Ele pegou todos de uma vez, fez um strike'. Foi três vezes para trás e para frente. Na primeira arrancada acertou umas 20 pessoas. Na segunda, um monte caiu no chão", disse Roberto Mendes, 40, segurança de um dos bares na esquina onde o acidente ocorreu.


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